Aneel reduz valor extra na conta de luz de R$ 4,46 para R$ 1,885 a cada 100 kWh, após quatro meses de bandeira vermelha
A conta de energia elétrica terá alívio a partir desta segunda-feira (1º) com a entrada da bandeira amarela, em substituição à bandeira vermelha patamar 1, anunciou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Com a mudança, o consumidor deixará de pagar R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos e passará a pagar R$ 1,885 pelo mesmo consumo.
A bandeira vermelha estava vigente desde agosto de 2025, quando o sistema enfrentou dois patamares de cobrança mais caros: o patamar 2 em agosto e setembro, com adicional de R$ 7,87 por 100 kWh, e o patamar 1 em outubro e novembro.
Em nota divulgada na última sexta-feira (28), a Aneel explicou que, apesar da previsão de chuvas para dezembro estar abaixo da média histórica, as condições de geração de energia permitem a redução para a bandeira amarela. A melhora reflete o comportamento dos reservatórios e a menor necessidade de acionar termelétricas, que são mais onerosas.
“A geração solar é intermitente e não fornece energia de forma contínua, especialmente à noite e nos horários de maior consumo”, destacou a agência, reforçando a necessidade de consumo consciente.
O que muda para o consumidor
Mesmo com a redução, a bandeira amarela ainda representa uma cobrança extra, de R$ 1,885 por 100 kWh, inferior ao valor de novembro, quando vigorou a bandeira vermelha patamar 1. A alteração indica melhora parcial no sistema elétrico, mas não representa conforto pleno para os consumidores, já que os reservatórios ainda não permitem retorno à bandeira verde.
O início do verão, em dezembro, traz calor intenso e aumento das chuvas no Sudeste e Centro-Oeste. No entanto, o fenômeno La Niña, que aquece o Oceano Pacífico Equatorial, deve provocar precipitações mais volumosas no Norte e mais escassas no Sul. Segundo meteorologistas da Nottus, dezembro, janeiro e fevereiro devem registrar acumulados de chuva dentro ou acima da média em quase todo o país, o que deve elevar os níveis dos reservatórios, especialmente nas bacias que dependem das chuvas do verão para recomposição.
Apesar da melhora temporária, a segurança operacional do setor elétrico continuará dependente do desempenho das próximas estações úmidas, a partir de 2026/2027, reforçando a importância de planejamento e diversificação das fontes de geração.





















