Publicado em 03/09/2017 06h29
Coreia do Norte realiza teste nuclear com bomba de hidrogênio
O teste nuclear causou um tremor de magnitude 6,3 no país
Da redação
A Coreia do Norte testou com sucesso uma bomba de hidrogênio, que pode ser carregada por um novo míssil balístico intercontinental. O anúncio foi feito pelo governo na TV estatal na madrugada deste domingo (3). O teste nuclear causou um tremor de magnitude 6,3 no país.
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, inspecionou a bomba de hidrogênio horas antes do teste nuclear. De acordo com agências internacionais, esse foi o sexto teste nuclear realizado pela Coreia do Norte.
O potencial da bomba de hidrogênio é extremamente danoso e o aparato pode ser detonado em grandes altitudes, com seus componentes sendo produzidos dentro do país, permitindo à nação construir quantas bombas nucleares que quiser, informou a agência oficial de notícias do país, KCNA.
Governo japonês
Antes do anúncio oficial do governo de Pyongyang, o Japão havia confirmado o teste nuclear do país vizinho.
“Depois de examinar os dados, concluímos que era um teste nuclear”, disse o ministro das Relações Exteriores japonês, Taro Kono, em uma entrevista divulgada pela emissora pública NHK após uma reunião do Conselho Nacional de Segurança do Japão.
O Ministério da Defesa do Japão disse que havia despachado pelo menos três jatos militares de bases no Japão para testar a radiação.
Reações
A China condenou ‘energicamente’ o novo teste nuclear realizado neste domingo pela Coreia do Norte, segundo um comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores do país. De acordo com a agência Reuters, o país também iniciou um monitoramento das condições radioativas na região.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse que Seul “nunca permitirá que a Coreia do Norte continue avançando com suas tecnologias nucleares e de mísseis” em uma reunião urgente do Conselho Nacional de Segurança realizada após o novo teste de armamento realizado com uma bomba H, segundo a agência local Yonhap.
Moon também pediu que sejam impostas sanções “mais graves possíveis” por parte do Conselho de Segurança Organização das Nações Unidas (ONU) para aumentar o isolamento do regime liderado por Kim Jong-un.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que o novo teste nuclear foi “uma ameaça de segurança séria e imediata” que “aumenta ainda mais o perigo do regime” e “compromete seriamente a paz e a segurança no país”.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, reprovou “energicamente” neste domingo o novo teste nuclear e pediu a Pyongyang para pôr fim ao seu programa atômico.
“Reprovo energicamente que a Coreia do Norte tenha feito hoje um sexto teste nuclear. Trata-se de outra flagrante violação de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, declarou em comunicado o político norueguês.
Stoltenberg destacou a preocupação da Aliança com o padrão “de comportamento desestabilizador (da Coreia do Norte), que representa uma ameaça para a segurança regional e internacional”. Com informações G1 e R7




















