Foi com drama, mas o Corinthians manteve sua hegemonia no futebol feminino da América do Sul. Na tarde deste sábado (18), no estádio Florencio Sola, em Buenos Aires, as Brabas venceram o Deportivo Cali por 5 a 3 nos pênaltis, após empate sem gols no tempo normal, e conquistaram o sexto título da Copa Libertadores Feminina, o terceiro consecutivo.
A vitória consagra novamente o domínio alvinegro no continente: o Corinthians venceu todas as seis finais que disputou — em 2017, 2019, 2021, 2023, 2024 e agora em 2025 — e nunca sofreu gols em decisões.
Nas penalidades, Gabi Zanotti, Vic Albuquerque, Thaís Ferreira, Mariza e Johnson converteram para o Timão. Pelo lado colombiano, Paola García, Aponzá e Perlaza marcaram, enquanto Ibargüen desperdiçou a cobrança que decretou o título brasileiro.
Equilíbrio e tensão em Buenos Aires
O primeiro tempo foi marcado por equilíbrio e poucas chances claras. Aos 13 minutos, Érika cabeceou com perigo, obrigando boa defesa da goleira Agudelo, que voltou a salvar o Cali em chute de fora da área de Duda Sampaio. No fim da etapa, o Corinthians chegou a balançar a rede com Érika, mas o gol foi anulado pelo VAR por impedimento de Vic Albuquerque.
Na segunda etapa, o Timão tentou manter o domínio da posse de bola, mas o Deportivo Cali cresceu e chegou a assustar em lances perigosos de Leidy Cobos e Paola García, bem defendidos pela goleira Nicole. O momento de maior susto veio nos minutos finais, quando Jaqueline salvou em cima da linha o que seria um gol olímpico das colombianas. Sem bola na rede, a decisão foi para os pênaltis.
Glória eterna e premiação milionária
Com o título, o Corinthians mantém o aproveitamento de 100% em finais de Libertadores e reforça o domínio brasileiro na competição — 14 das 17 edições foram vencidas por clubes do país. Além dos seis títulos corintianos, o Brasil tem conquistas com São José-SP (3), Ferroviária (2), Santos (2) e Palmeiras (1).
A CONMEBOL confirmou premiação recorde nesta edição: o Corinthians recebeu US$ 2,05 milhões (cerca de R$ 11,08 milhões) pelo título, além de US$ 50 mil (R$ 270 mil) pela participação. O Deportivo Cali levou US$ 600 mil (R$ 3,2 milhões) pelo vice-campeonato, e a Ferroviária, terceira colocada, recebeu US$ 300 mil (R$ 1,6 milhão).

Um projeto vitorioso
Sob o comando de Arthur Elias e com um elenco experiente e renovado, o Corinthians segue como referência técnica e estrutural no futebol feminino da América do Sul. O tricampeonato consecutivo consolida as Brabas como um exemplo de continuidade, planejamento e excelência esportiva.
Com a taça, o clube paulista também garantiu vaga no Mundial de Clubes Feminino, que será disputado em 2026, e reafirmou sua posição como potência continental — um time que, mais uma vez, transformou a pressão em glória.