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terça-feira, 26 de agosto, 2025
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CPMI do INSS vota plano de trabalho e avalia convocação de ex-ministros nesta terça-feira

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) realiza nesta terça-feira (26) a primeira reunião após o início tumultuado de seus trabalhos. Na pauta, estão a votação do plano de trabalho e a análise dos primeiros requerimentos, que incluem convocações de ex-ministros e ex-dirigentes do órgão.

Entre os nomes mais visados está o de Carlos Lupi, presidente nacional do PDT e ministro da Previdência até maio deste ano. Ele foi alvo de ao menos 11 requerimentos de convocação, além de pedidos de quebra de sigilo bancário. Lupi deixou o cargo em 2 de maio, após a revelação de fraudes bilionárias no INSS.

Também estão na lista de convocações Carlos Eduardo Gabas, que chefiou a pasta em 2010 e 2025, e José Carlos Oliveira, ministro entre março e dezembro de 2022 e ex-presidente do INSS. Outros dez ex-presidentes do instituto e o ex-secretário de Previdência do Ministério da Fazenda Marcelo Abi-Ramia Caetano foram incluídos nos pedidos.

A pauta ainda prevê a análise de 35 requerimentos apresentados pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), sendo 18 deles de convocações. Há solicitações de informações a órgãos de controle como PF (Polícia Federal), CGU (Controladoria-Geral da União), DPU (Defensoria Pública da União) e TCU (Tribunal de Contas da União). Até segunda-feira (25), a comissão já havia recebido mais de 900 requerimentos, incluindo convocações, quebras de sigilo e pedidos de dados.

Com a presidência do senador Carlos Viana (Podemos-MG) e a relatoria nas mãos de Gaspar, ambos alinhados à oposição, a expectativa é que os pedidos da ala oposicionista avancem com maior facilidade. Parlamentares da base governista admitem falhas na articulação, mas afirmam ter maioria no colegiado. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi escolhido para coordenar a defesa do governo.

A criação da CPMI foi motivada pela investigação de um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões, revelado em abril após operações da PF e da CGU. O valor estimado do prejuízo chega a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

A lista de nomes incluídos nos pedidos de convocação pautados para esta terça-feira reúne ex-ministros, ex-presidentes do INSS, técnicos da CGU, da PF e da DPU. A expectativa é que a comissão defina, já nesta semana, os primeiros depoimentos a serem realizados

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