
Etapa final do “Enem dos Concursos” aplica redação e questões discursivas em 228 cidades do país
O segundo e último dia de provas do CPNU 2 (Concurso Público Nacional Unificado) ocorre na tarde deste domingo (7), reunindo 42 mil candidatos de todas as regiões do país. Ao todo, 42.499 concorrentes foram aprovados para esta etapa final, aplicada simultaneamente em 228 municípios brasileiros.
A nova edição do concurso reúne 761.528 inscritos, número inferior ao da estreia do modelo, em 2024, quando mais de 1 milhão de pessoas participaram. Nesta edição, são ofertadas 3.652 vagas, sendo 3.144 para nível superior e 508 para nível intermediário.
Como serão as provas deste domingo
As provas discursivas para nível superior acontecem das 13h às 16h, enquanto os candidatos de nível intermediário encerram a avaliação uma hora antes, às 15h — sempre pelo horário de Brasília.
O segundo dia de aplicação inclui duas questões discursivas e uma redação, etapa decisiva após as provas objetivas realizadas em 5 de outubro. Na ocasião, foram apresentados 90 itens para candidatos de nível superior e 68 para nível intermediário.
Novo modelo de concurso público
Criado em 2024, o CPNU unifica vagas de diferentes órgãos federais em uma única seleção, sendo frequentemente comparado a um “Enem dos Concursos”. A realização é de responsabilidade da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Ao se inscrever, o candidato escolhe um dos nove blocos temáticos, que reúnem órgãos com áreas de atuação semelhantes — sete deles voltados ao nível superior e dois ao nível intermediário.
O objetivo do modelo é tornar a seleção mais ágil, ampliar o acesso e reduzir custos operacionais.
Paridade de gênero: novidade desta edição
Uma das principais mudanças desta segunda edição é a política de equidade de gênero, que determina que ao menos 50% dos convocados para a segunda fase sejam mulheres.
Segundo o MEC, a regra não altera a distribuição das vagas, mas permite ampliar o número de convocados quando necessário para garantir a paridade.
Na prática, cargos que teriam, por exemplo, 100 classificados podem chamar mais concorrentes — especialmente mulheres — até atingir o equilíbrio entre os sexos.
A medida faz parte de um pacote para promover diversidade e igualdade de oportunidades no serviço público federal.


















