Talvez a saudade não seja a ausência, propriamente dita, mas a certeza de que não está aproveitando bons momentos ao lado daquela pessoa que tanto ama, tanto contempla, que curte a companhia.
Não é um vazio, como tanto defendem alguns poetas, é o oposto, é o coração transbordando (cheio) de pensamentos criados pela mente. São questões, dúvidas, ilusões formuladas pela nossa própria inteligência artificial.
Uma doença que se cura com a presença do causador, ou com o implante de um novo afeto. É rever as cenas que já existiram, adulteradas como desculpas para aquilo que deixou de fazer, como rabiscos encaixados em um desenho perfeccionista.
Saudade é querer ouvir de novo a voz gritando pelo seu nome na rua, ver o sorriso detalhando o rosto, olhos piscando poesia. É sentimento passageiro feito a febre de uma criança quando está com virose (demora, preocupa, mas acaba).
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