A subdefensora pública-geral, Lucienne Borin Lima, participou do lançamento do projeto de restauro da Igreja São Benedito e da requalificação da Comunidade Quilombola Tia Eva, em Campo Grande. A iniciativa busca recuperar o patrimônio histórico e cultural da população negra, interditado desde maio de 2024 pela Defesa Civil em razão de riscos estruturais.
O projeto prevê o restauro arquitetônico da igreja, a conservação de bens como o sino e o busto de Tia Eva, além de melhorias no salão comunitário, construção de um Centro de Atendimento ao Turista (CAT) e adequações de acessibilidade.
A participação da Defensoria Pública no acompanhamento das intervenções assegura o respeito aos direitos dos moradores e a transparência no processo de inclusão social.
Conforme a subdefensora pública-geral, Lucienne Borin Lima, a preservação do local é fundamental para a memória coletiva do estado.
“O restauro da Igreja São Benedito é medida essencial para garantir a preservação de um patrimônio histórico, religioso e cultural que integra a memória coletiva de Campo Grande e a identidade da população negra do Estado. Nesse contexto, a participação ativa da Defensoria Pública é fundamental para assegurar que a obra seja conduzida com transparência, respeito aos direitos da comunidade e efetiva inclusão social dos moradores historicamente vulnerabilizados”.
O cronograma de execução, com início previsto para 13 de janeiro de 2026, foi planejado para não interromper tradições locais, como a Festa de São Benedito em maio. O objetivo das autoridades é entregar a igreja restaurada até maio do ano seguinte.
Erguido em 1919, o templo é um símbolo da identidade quilombola em Mato Grosso do Sul e aguardava reparos definitivos há anos. A requalificação do entorno inclui, ainda, a criação de espaços educativos e áreas verdes para fortalecer o pertencimento dos moradores e o turismo cultural na região do Jardim Seminário.
