Defesa de Bolsonaro pede cirurgias urgentes e transferência para hospital

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Defesa de Bolsonaro também pediu prisão domiciliar ao ex-presidente (Foto: CNN Brasil)

Ex-presidente apresenta soluços incoercíveis e hérnia inguinal; advogados solicitam prisão domiciliar humanitária

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele necessita de duas cirurgias urgentes devido a agravamento de problemas de saúde nas últimas semanas. Os procedimentos incluem tratamento para crises de soluços incoercíveis e correção de uma hérnia inguinal, ambos exigindo internação hospitalar estimada entre cinco e sete dias.

Segundo o pedido enviado ao ministro Alexandre de Moraes, a transferência de Bolsonaro para um hospital particular em Brasília seria necessária para a realização das cirurgias, indicadas por médicos que acompanham o ex-presidente.


Quadro médico

De acordo com relatório do médico Claudio Birolini, Bolsonaro tem apresentado soluços prolongados e refratários que não respondem a tratamentos convencionais, afetando sono, alimentação, respiração e qualidade de vida. O procedimento recomendado é o bloqueio anestésico do nervo frênico, técnica que reduz a hiperatividade do diafragma e alivia o reflexo do soluço.

Além disso, Bolsonaro apresenta hérnia inguinal unilateral, com dor e desconforto agravados pelos soluços. O tratamento indicado é a herniorrafia inguinal convencional, realizada sob anestesia geral.


Pedido de prisão domiciliar humanitária

A defesa solicitou ao STF a concessão de prisão domiciliar humanitária, alegando que o estado de saúde do ex-presidente é incompatível com a permanência na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Também foi solicitado deslocamento exclusivo para tratamento médico, com aviso prévio ou posterior justificativa em casos de urgência.


Contexto político

O pedido ocorre em meio à discussão sobre o projeto de redução de penas dos condenados pelos atos do 8 de Janeiro de 2023, que beneficia Bolsonaro e tramita no Senado após aprovação na Câmara. Segundo cálculos da defesa, caso o projeto seja aprovado, o ex-presidente poderia cumprir apenas dois anos e quatro meses em regime fechado.

O caso ainda deve gerar decisões do STF sobre o atendimento médico e eventual transferência do ex-presidente para hospital, em meio a intenso debate público e político.