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domingo, 7 de setembro, 2025
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Deputados de MS criticam STF e reforçam apoio a Bolsonaro em protesto na Capital

O ato “Reaja Brasil”, organizado em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mobilizou cerca de mil pessoas na tarde deste domingo (7), na Avenida Afonso Pena, em frente ao Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS). Vestindo camisetas verde e amarela e carregando bandeiras do Brasil, além de símbolos de países como Estados Unidos e Israel, manifestantes defenderam a anistia aos presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e protestaram contra o que chamam de “perseguição política” e “abusos de poder”.

No local, um caminhão serviu de palanque, com faixas estampando mensagens como: “Por Justiça e Liberdade. Anistia Já. Democracia só com contagem pública dos votos”. Os participantes rezaram o Pai Nosso, cantaram o Hino Nacional e acompanharam discursos de políticos locais. Um áudio enviado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi reproduzido no ato, em agradecimento ao apoio.

Discursos políticos

O deputado estadual João Henrique Catan (PL) afirmou que o encontro representa um sentimento de “injustiça” no país. “Estamos aqui protestando por um julgamento imoral, ilegal e viciado. Não existe eleição sem Jair Messias Bolsonaro, esse é um dos maiores golpes contra a democracia”, disse.

O vereador André Salineiro destacou três pautas centrais: anistia, contagem pública dos votos e Justiça. “Quanto mais gente tiver consciência das atrocidades que o STF está fazendo, melhor. Essas aberrações jurídicas não podem continuar”, declarou.

Já o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) classificou os julgamentos como parte de uma “trama golpista para tirar a direita das eleições”. complementou dizendo que “não existe processo, e sim um emaranhado de crimes. O pior é utilizar pessoas inocentes para executar esse plano absurdo”, disse, atacando também a imprensa e o STF.

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) afirmou que as negociações no Congresso para aprovar a anistia avançaram, com apoio de governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO). “A anistia tomou força, volume, que agora é impossível não ser pautada e aprovada”, afirmou, defendendo que Bolsonaro seja incluído no texto.

A mesma posição foi reforçada pela vice-prefeita de Dourados, Giani Nogueira (PL), disse que “uma anistia sem Bolsonaro é golpe também e essa é a luta de todos nós”.

Mobilização nacional

O ato integra um movimento nacional, com manifestações em cidades como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, todas centradas na defesa da anistia e em críticas ao STF e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em Campo Grande, após a concentração nos Altos da Avenida Afonso Pena, os apoiadores seguiram em carreata pela cidade.

O alvo principal das críticas foi o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos envolvendo os réus do 8 de janeiro. Apesar de os julgamentos levarem em conta a responsabilidade individual de cada acusado, parlamentares e manifestantes classificaram as decisões como “viciadas”.

Enquanto apoiadores de Bolsonaro defendem a anistia, movimentos de esquerda também organizaram atos em contraponto, com foco na defesa da soberania nacional e contrários à medida.

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