Em coletiva, narcotraficante brasileiro revela que era protegido por oficial paraguaio

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Marcelo Piloto negou planejar ataques terroristas para fugir da prisão no Paraguai

06/11/2018 15h40
Por: Redação

Em entrevista coletiva cedida na sede da Agrupación Especializada, em Assunção, onde está preso, o narcotraficante brasileiro Marcelo Fernando revelou que um oficial da Polícia Nacional do Paraguai lhe garantia proteção. Marcelo afirmou que pagava “bem caro” para ser protegido pelo comissário Abel Cañete, atual diretor geral de Investigações Criminais da Polícia Nacional. O homem ainda confessou ser um “comerciante” de armas e drogas, mas negou ser terrorista.

O oficial negou a acusação e disse que se dispôs às investigações.

Marcelo Piloto é um dos principais líderes do Comando Vermelho no PY, onde foi preso em dezembro de 2017, e confessou ser traficante de drogas e de armas do Paraguai para o Brasil, mas negou ter planejado ataques com explosivos após ter um de seus esconderijos descobertos.

Condenado a 26 anos de prisão no Brasil, o suspeito desafiou o governo paraguaio a provar ligação dele com o carro-bomba com 84 quilos de dinamite em gel, encontrado com três brasileiros na cidade de Presidente Franco, no dia 24 de outubro deste ano.

A polícia paraguaia afirmou que os explosivos seriam usados para resgatá-lo. Os três homens no carro foram mortos. Ainda em outubro, a polícia paraguaia descobriu um arsenal em Assunção e prendeu cinco cariocas que supostamente se preparavam para atacar o quartel onde Piloto está para resgatá-lo. Entre os presos estava a mulher do traficante.

Falando em português e apenas algumas palavras em castelhano, Marcelo ressaltou que nao gosta de dar entrevistas, mas decidiu falar hoje porque segundo ele as acusações são mentiras e sua facção não aceitaria terrorismo.

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