A secretaria estadual de Saúde (SES) confirmou o terceiro óbito causado pelo vírus Influenza A H3N2 no Mato Grosso do Sul, em menos de uma semana.
A vítima era uma mulher, de 55 anos, moradora na cidade de Dourados, sem histórico de comorbidades, que teve início dos sintomas em 23 de dezembro, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no dia 27, e morreu na área vermelha da UPA em 28 deste mês.
Na última terça-feira (28), a SES confirmou as outras duas mortes. A primeira foi de um jovem de 21 anos que deu entrada no Centro Regional de Saúde (CRS) Nova Bahia no dia 20 de dezembro. Ele foi transferido para o Hospital Regional (HR), mas não resistiu.
Já a segunda morte foi registrada no município de Corumbá. Uma idosa de 76 anos, A vítima deu entrada na Santa Casa de Corumbá no dia 20 de dezembro e acabou falecendo na tarde de terça-feira (28).
Os três casos foram analisados pelo Laboratório Central (Lacen) e confirmados para Influenza A (H3N2).
Ainda nesta semana, após o registro dos casos de óbito, o coronel Marcello Fraiha, assessor Militar da SES, afirmou que não há motivo para a população entrar em pânico. “É preciso reforçar que não há motivo para pânico, porque a série histórica de mortes por influenza em MS, registrada desde 2009, aponta que os casos e mortes estão abaixo da média”, disse o coronel. Em 2016, por exemplo, MS chegou a registrar 103 mortes. Em 2020 foram oito casos.
A vacinação contra Influenza segue disponível em Mato Grosso do Sul, nos municípios que ainda possuem doses em estoque. Todas as pessoas acima dos seis meses de idade podem receber o imunizante.
A Influenza
A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias.
O período de incubação dos vírus influenza é geralmente de 2 dias, variando entre um e quatro dias. Os sinais e sintomas da doença são muito variáveis, podendo ocorrer desde a infecção assintomática, até formas graves.
A doença tem início, em geral, com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar, quadro que também pode ser desenvolvido com a Covid-19, além de outras viroses respiratórias.
A vacina influenza é uma das medidas de prevenção mais importantes para proteger contra a doença, além de contribuir na redução da circulação viral na população, bem como suas complicações e óbitos, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.




















