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terça-feira, 9 de setembro, 2025
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Em palestra, Eduardo Riedel destaca mudança de MS: de eminentemente agrícola para agroindustrial

O crescimento industrial e a mudança das oportunidades em Mato Grosso do Sul foi tema de uma palestra proferida pelo governador Eduardo Riedel no CEBRI (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), no Rio de Janeiro.

Na sua fala, ele destacou que foi criada uma agenda com foco na segurança alimentar, transição energética, inclusão social e sustentabilidade e isso abriu portas para investimentos privados bilionários no estado, gerando emprego e renda.

O governador também citou que há 25 anos, o estado era eminentemente agrícola, hoje se tornou agroindustrial, produzindo proteína animal, grãos direcionados para energia ou alimento, cana de açúcar na produção de etanol e energia, além de celulose,

“Estamos avançando na cadeia de produção como um todo para ganhar valor agregado cada vez maior”, afirmou em sua palestra, lembrando também da pretensão de sua gestão em neutralizar a emissão de carbono até 2030.

“Nos últimos 15 anos o crescimento ocorreu em pastagem degradada, uma oportunidade de transformar pastagem em grãos, floresta plantada, energia e outras culturas. Mudança importante na economia e ao meio ambiente, com balanço de carbono”.

Ele ponderou que este cuidado com o meio ambiente poderá ser um grande ativo econômico. “Tem valor e deve ser monetizado, não apenas no mercado de carbono, mas por outros instrumentos, tendo a preservação como atividade econômica”.

Para isso, foi criada a Lei do Pantanal, que vai punir quem não cumpre as regras, mas vai induzir e remunerar quem preserva. “Ela foi criada em consenso entre ambientalistas e produtores”, completou o governador em sua palestra.

Em palestra, Eduardo Riedel destaca mudança de MS: de eminentemente agrícola para agroindustrial
Governador durante palestra no CEBRI Fotos: Wagner Pinheiro/Mapa Fotografia 

Produções em alta no estado

O governador aproveitou para exibir ao público as novas culturas e oportunidades em Mato Grosso do Sul. No campo se abriu novas fronteira agrícolas na produção de amendoim e de laranja, que já dispõe de grandes grupos mundiais investindo e produzindo no setor.

“Os principais players (citricultura) entraram em MS com muita força, devido à doença de greening em São Paulo, e Já estão chegando a 40 mil hectares de produção e 35 mil toneladas, estando em terceiro ou segundo (produção) nos próximos quatro anos, com a indústria seguindo no mesmo caminho”, mencionou.

A produção da celulose conta com a fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, da Bracell em Bataguassu e a Arauco em Inocência. “Para isto, inclusive foi feita a concessão de 870 km de rodovias pela Rota da Celulose, para impulsionar e qualificar a logística”.

A Rota Bioceânica também foi lembrada pelo governador, detalhando que o traçado vai encurtar o destino dos produtos de Mato Grosso do Sul aos portos chilenos e ao Oceano Pacífico.

“Está sendo construída a ponte binacional entre Paraguai e Brasil, que vai viabilizar a rota, passando pelo chaco paraguaio, norte da Argentina e portos chilenos, diminuindo em 14 dias a viagem de navio rumo aos mercados asiáticos. Ela (rota) será viável e operacional em 2027, com obras prontas em 2026”, finalizou.

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