Deflagrada nesta quinta-feira (14) pela Receita Federal e a Polícia Federal, Operação Contra-Ataque III resultou na apreensão de pelo menos quatro veículos, jet ski, dinheiro em espécie, celulares, computadores e até quatro cavalos avaliados em R$ 200 mil.
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão em residências e estabelecimentos empresariais, incluindo um haras. A ação ainda resultou no sequestro de contas bancárias e bens imóveis dos investigados.
Ainda segundo a atualização da PF, um dos líderes do esquema atua no ramo de transportes e também cria cavalos no haras de um amigo. Ele também possui caminhões e imóveis em condomínios de luxo.
Quando percebeu a movimentação policial no condomínio em que reside, no bairro Tiradentes, ele tentou se desfazer do seu celular, quebrando e até mesmo jogando no telhado, porém, o telefone foi apreendido para perícia.
Além dele, a sua esposa, o irmão e a cunhada também foram alvos de mandados expedidos. As equipes estiveram ainda em Jaraguari, porém, não foi informado qual tipo de mandado foi cumprido.
Na Capital, os policiais estiveram em uma série de empresas que atuam em diferentes segmentos, como autopeças, oficinas mecânicas, ateliê, produtos bovinos, materiais de construção, vestuário e transportadoras.
Em uma oficina mecânica, situada na Rua Bororós, no bairro Tijuca, foram apreendidos um jet ski, uma caminhonete e um SW4. Todas as empresas estavam no nome dos envolvidos no esquema, segundo a Receita Federal.
Os irmãos e suas esposas fazem parte de um grupo criminoso que atuava no comércio de armas e entorpecentes na região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais. A polícia procura por outros envolvidos a partir de agora.
O esquema

O esquema utilizava mercadorias agrícolas para ocultar drogas e empresas para receber valores das negociações. Essas empresas não possuíam lastro fiscal compatível com as movimentações e operavam formalmente, mascarando a origem ilícita dos recursos.
A investigação teve início a partir de materiais apreendidos pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) de Minas Gerais, cuja parte dos fornecedores estava sediada em Campo Grande.