Mais de 160 mil estudantes são elegíveis para o novo modelo de parcelamento, que deve regularizar R$ 1,8 bilhão em dívidas
A renegociação das dívidas do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) para contratos firmados a partir de 2018 já está aberta e pode ser feita até 31 de dezembro. O processo é totalmente digital, sem a necessidade de ir a uma agência, e deve ser realizado pelo aplicativo Fies Caixa ou pelo site da Caixa Econômica Federal, usando CPF e senha para acesso.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), cerca de 160 mil estudantes estão aptos a aderir ao programa de regularização, que envolve um montante estimado de R$ 1,8 bilhão em dívidas atrasadas.
Como funciona a renegociação
Podem solicitar o acordo os estudantes que:
- firmaram contrato a partir de 2018;
- já concluíram o curso e estão na fase de amortização;
- têm parcelas em atraso há mais de 90 dias a partir de 31 de julho de 2025.
A renegociação prevê:
- parcelamento em até 180 meses (15 anos);
- desconto de 100% sobre juros e multas;
- parcela mínima de R$ 200, exceto quando o saldo devedor for inferior.
Após a adesão, o estudante e seus fiadores assinam digitalmente um termo aditivo ao contrato original, formalizando o novo prazo e o novo valor mensal. Caso o beneficiário deixe de pagar as parcelas renegociadas, os nomes dos responsáveis serão incluídos nos cadastros de inadimplência.
O que não entra no acordo
A renegociação não abrange:
- valores de coparticipação com instituições de ensino;
- seguros prestamistas;
- tarifas bancárias.
Esses itens devem ser negociados diretamente com as instituições de ensino, conforme as regras da Resolução nº 64/2025.
Sobre o Fies
Criado pela Lei nº 10.260/2001, o Fies financia estudantes de cursos superiores privados com boa avaliação no MEC. Desde 2018, o programa opera com juros zero para quem mais precisa, e o financiamento é calculado de acordo com a renda familiar.
Para participar do Fies, o candidato deve ter feito o Enem a partir de 2010, ter média mínima de 450 pontos nas provas, nota maior que zero na redação e renda familiar por pessoa de até três salários mínimos.











