Esquema de corrupção no serviço de iluminação pública desviou mais de R$ 62 milhões dos cofres públicos da Capital

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Iluminação pública (Foto: PMCG)

Um gigantesco esquema de corrupção foi descoberto pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) na Prefeitura de Campo Grande. Na manhã dessa sexta-feira (19), equipes do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) estiveram na sede da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) para cumprir mandados de busca e apreensão.

A apuração indica para fraudes nos processos licitatórios e contratos firmados com empresas para a execução do serviço de manutenção do sistema de iluminação pública de Campo Grande. Houve superfaturamento superior a R$ 62 milhões já comprovados pela investigação em contratos que estão na plena vigência, firmados em 2024, já na gestão da prefeita Adriane Lopes (PP), bem como de aditivos.

Conforme o Diogrande (Diário Oficial do Município), uma das empresas investigadas recebeu R$ 8 milhões para serviços de manutenção, implantação e ampliação do sistema de iluminação pública nas regiões urbanas do Imbirussú, Lagoa, Prosa e Segredo. O contrato foi renovado duas vezes, sendo a última em junho deste ano, com validade até junho de 2026.

Chamada de “Operação Apagar das Luzes”, a ofensiva cumpre ao todo 14 mandados de busca e apreensão em endereços de Campo Grande e também na cidade de Balneário Piçarras (SC). O nome remete às fraudes investigadas em contratos de iluminação pública e na obscuridade da gestão pública em relação aos serviços investigados.