Publicado em 04/06/2017 18h15
Estado Islâmico reivindica autoria do atentado terrorista em Londres
Atentado na London Bridge e no Borough Market deixou 10 mortos, entre eles 7 vítimas e 3 terroristas.
G1
O grupo Estado Islâmico assumiu neste domingo (4), por meio de sua agência Amaq, que o ataque de Londres foi promovido por soldados do grupo. O atentado deste sábado na London Bridge e no Borough Market deixou 10 mortos, entre eles 7 vítimas e 3 terroristas.
Rita Katz, diretora do SITE Intel Group, que monitora a ação de grupo jihadistas na internet, postou no Twitter a reivindicação do Estado Islâmico:
Os terroristas envolvidos no ataque ainda não foram identificados. A polícia de Londres disse que vai divulgar seus nomes “assim que seja operacionalmente possível”. O que se sabe é que três terroristas foram mortos pela polícia, mas não está claro quantos agiram no total e se alguém conseguiu fugir. Entre a primeira ligação aos serviços de emergência reportando o ataque e a morte dos três terroristas foram 8 minutos. Policiais dispararam 50 balas contra os terroristas.
Uma testemunha disse à BBC que um dos terroristas gritou “isto é por Alá” enquanto atacava. Alguns usavam coletes com explosivos falsos, segundo os policiais.
O ataque
Por volta das 21h (horário local, 18h em Brasília), os terroristas atropelaram com uma van os pedestres que passavam pela London Bridge, um dos cartões-postais da cidade. Relatos de testemunhas apontam que a van deixou a área reservada aos veículos na ponte e avançou contra os pedestres na calçada a mais de 80 Km/h.
Depois os homens sacaram facas e passaram a atacar pessoas que estavam em bares e restaurantes nas proximidades do Borough Market. Leia mais sobre a sequência das ações.
Vítimas
Sete pessoas morreram e pelo menos 48 foram levados de ambulância a cinco hospitais da cidade. Outras pessoas foram atendidas no local. A polícia ainda não detalhou quantas pessoas ficaram feridas no atropelamento em massa e quantas receberam ferimentos nos ataques à faca que ocorreram pouco depois.
O Reino Unido ainda não divulgou a identidade das vítimas, o que pode demorar algum tempo. Mas Canadá e França anunciaram que há um cidadão de cada país entre os mortos. Entre os feridos estão sete franceses, um espanhol com ferimentos leves e um australiano, de acordo com seus respectivos governos.
Detidos
A polícia deteve neste domingo 12 pessoas sob suspeita de envolvimento no ataque. Sete deles são mulheres e cinco, homens. Os detidos têm idades variadas, de 19 a 60 anos. Um homem de 55 anos foi liberado sem receber acusações. As buscas continuam em outros endereços.
A polícia disse que o público verá mais agentes – armados e desarmados – nas ruas da cidade, e que as medidas de seguranças nas pontes da cidade serão reforçadas.
Polícia executa operação perto de conjunto de apartamentos em Barking, região metropolitana de Londres, após atentados de sábado. Até o momento, 12 detenções relacionadas ao ataque deste sábado foram confirmadas (Foto: Furqan Nabi/PA via AP) Polícia executa operação perto de conjunto de apartamentos em Barking, região metropolitana de Londres, após atentados de sábado. Até o momento, 12 detenções relacionadas ao ataque deste sábado foram confirmadas (Foto: Furqan Nabi/PA via AP)
3º ataque em 3 meses
O ataque deste sábado foi o terceiro em três meses. Em março, cinco pessoas morreram na ponte de Westminster, na região do Parlamento, em um ataque semelhante, quando um homem atropelou algumas pessoas e esfaqueou outras.
No dia 22 de maio, um homem-bomba matou 22 pessoas na saída do show da cantora amaeircana Ariana Grande, na Manchester Arena. Outras 59 pessoas ficaram feridas.
Theresa May: ‘basta’
Na manhã deste domingo, a premiê Theresa May falou à imprensa após se reunir com o comitê de segurança na e atribuiu o atentado ao “extremismo islamita”, antes da reivindicação do EI. May pediu união para conter o terrorismo extremista. “Temos que ter uma estratégia robusta. Temos que revisar a estratégia contra-terrorista no Reino Unido. Se tivermos que aumentar as penas, faremos isso. Chegou a hora de dizer: basta. Nossa sociedade precisa continuar com os nossos valores”.
Para May, os ataques recentes não estão conectados, mas mostrariam uma nova “onda” na qual “terrorismo gera terrorismo” e fica evidente que os terroristas estariam “copiando uns aos outros e usando as mais crueis formas de ataque”.

