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segunda-feira, 24 de novembro, 2025
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Estudantes da UEMS mapeiam soluções para revitalização do Centro

A Prefeitura de Campo Grande segue fortalecendo o projeto Centro em Ação. A parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) resultou na apresentação de trabalhos desenvolvidos por estudantes do curso de Geografia (Bacharelado), com mapas temáticos e análises territoriais que ajudam a compreender o comportamento urbano do Centro de Campo Grande.

As apresentações foram realizadas na última quarta-feira (19), no Laboratório de Geoprocessamento do curso de Geografia (LAGEO/UEMS). Também participaram do evento docentes, representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável (Semades), além de parceiros do setor produtivo.

O Centro em Ação está integrado a um conjunto de iniciativas voltadas à revitalização urbana, ao estímulo econômico e à reconexão da população com a região central da cidade.

Entre os temas abordados estão mobilidade, fluxo de trânsito, monitoramento de segurança, evolução comercial dos últimos 15 anos e identificação de imóveis vazios — todos essenciais para apoiar decisões estratégicas dentro do projeto.

Formalizada em julho deste ano, com a assinatura do Protocolo de Intenções pelo reitor, professor Dr. Laércio Carvalho, a parceria entre a UEMS e a Prefeitura tem gerado resultados concretos, reforçando a importância da união entre academia, gestão pública e iniciativa privada. A ação também se conecta ao projeto Renova Centro, que busca transformar o principal corredor comercial da Capital em um ambiente moderno, atrativo e de forte estímulo à atividade econômica.

Segundo o coordenador do projeto na UEMS, professor Dr. Edwaldo Bazana, os acadêmicos produziram uma verdadeira radiografia do Centro, buscando identificar o máximo possível de dados e disponibilizá-los em um mapa, com foco em entender se realmente há um movimento de esvaziamento, para onde ele vai e por que ocorre.

“A metodologia adotada é baseada na solução de problemas reais, o que permite que nossos acadêmicos atuem como protagonistas na formulação de propostas para a cidade. Foram pontuadas a situação dos imóveis, pontos críticos de circulação, infraestrutura disponível, demanda por transporte, áreas com maior sensação de insegurança. Tudo pensado na revitalização como forma de levar inovação e segurança de volta à região central da Capital, demonstrando que o conhecimento acadêmico se transforma em ferramenta para decisões urbanas”, explicou.

Ao avaliar a contribuição da iniciativa para a formação dos estudantes, a coordenadora do curso de Geografia, professora Dra. Vera Lúcia Freitas Marinho, reforça a importância da prática profissional, ao mesmo tempo em que evidencia a relevância do trabalho em equipe.

“Um trabalho realmente enriquecedor para a formação profissional dos nossos acadêmicos. A partir desse recorte, foram gerados levantamentos como tempo dos semáforos, número e condição dos pontos de ônibus, situação da população de rua, aumento da movimentação noturna, infraestrutura de acessibilidade, comportamento dos fluxos de pedestres e veículos, entre outros. Dados que são fundamentais para subsidiar a tomada de decisão do poder público e apoiar um planejamento urbano mais preciso”, destacou.

Um dos alunos participantes ressaltou a importância da vivência. “Foi muito enriquecedor ver que nossos mapas e análises podem ajudar diretamente no planejamento da cidade. A parceria entre Universidade e Prefeitura mostrou que nosso trabalho tem relevância e que podemos contribuir para melhorar o Centro de Campo Grande.”

O gerente de empreendedorismo da Semades, Marcelo Demirdjian, destacou o caráter estratégico da iniciativa, que nasceu de uma demanda direta da comunidade — comerciantes e frequentadores do Centro. A administração municipal, por sua vez, acionou instituições parceiras, entre elas a UEMS, para colaborar na construção de soluções ancoradas em evidências e tecnologia.

“O material produzido pela UEMS será essencial na formulação de estratégias para o enfrentamento do esvaziamento do Centro e também para outras demandas. A academia é um braço importante da sociedade e, com certeza, tem papel fundamental na criação de um plano para que o Centro seja reavivado. São nossos alunos e professores colocando o conhecimento a serviço da cidade e da vida das pessoas”, afirmou.

Os estudos apresentados agregam valor ao projeto Centro em Ação. Essa colaboração reforça a visão de que a revitalização do Centro depende de soluções integradas, construídas em diálogo com a academia e o setor produtivo.

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