Um homem de 31 anos foi assassinado no começo da tarde desta segunda-feira (20) no estacionamento de um shopping na cidade de Pedro Juan Caballero (PY), na fronteira seca com Ponta Porã.
As primeiras informações apontam que a vítima foi surpreendida pelos atiradores, que se aproximaram e efetuaram os disparos em curta distância. O crime aconteceu na frente de clientes e demais pessoas que passavam pelo local.
A vítima foi identificada como sendo Jonathan Medeiro da Fonseca, natural de Santa Catarina e residente em Coronel Sapucaia. Ele era filiado ao MDB e tentou concorrer para vereador nas eleições de 2024, mas a candidatura foi indeferida pelo TRE-MS.
O crime aconteceu no momento em que ele chegava ao shopping, em uma caminhonete modelo Ford Raptor, de cor vermelha e placas paraguaias. Os atiradores fugiram rapidamente em um carro de cor branca.
Uma segunda pessoa que estava com a vítima foi baleada, mas buscou ajuda médica no hospital local dirigindo a própria caminhonete sozinho. A motivação para o crime ainda é apurada, mas a suspeita é que se trata de uma disputa entre facções organizadas.
Preso por estelionato
Em 2016, o homem morto no atentado tinha sido preso em Coronel Sapucaia em função de um mandado de prisão preventiva expedido pela da justiça catarinense. Na época, era suspeito de integrar uma quadrilha que clonava cartões de crédito para realizar compras onlines.
As autoridades chegaram até ele por meio de uma denúncia anônima, que indicou para uma residência onde havia dezenas de produtos comprados com notas fiscais, mas em nome de outras pessoas, supostamente vítimas do golpe.
Na abordagem, ele entregou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e se apresentou como Fábio Júlio Medeiro da Fonseca, nome falso. No local, uma nota fiscal no valor de R$ 5,5 mil foi encontrada e o bandido disse ser de um amigo de Santa Catarina.
Sustentou ainda que esse amigo fez compras pela internet e mandou entregar tudo na sua casa. Ainda na conversa, o sujeito mostrou a troca de mensagens no WhatsApp, mas a polícia acabou encontrando também print’s de entorpecentes, dinheiro e armas.
Depois, os policiais desconfiaram da habilitação apresentada e perceberam que nas redes sociais do telefone o perfil era no nome de Jonas Medeiros. Então descobriram que, na verdade, Fábio Júlio era Jonathan, com mandado de prisão em aberto em SC.
Nos áudios arquivados no celular do rapaz, foi descoberto que ele tem outros comparsas em Estados diferentes que fazem parte do esquema de estelionato. A quadrilha desvia cartões de crédito e senha de terceiros e, depois, realiza várias compras na internet.
Os produtos adquiridos em sites de venda são encaminhados a outras cidades, como Coronel Sapucaia. No facebook, foram identificados vídeos de plantação de maconha, fotos de como eram comercializadas, além de automóveis usados como moeda de troca.
Desde então, ele passou a responder pelos crimes de falsidade ideológica, estelionato e tráfico de drogas e relacionado a colaborar como informante, com grupo, organização ou associação destinados a prática criminosa.