Um Projeto de Lei quer tornar obrigatório a realização de exames para detecção das fissuras palatinas em recém-nascidos. O texto foi apresentado na sessão ordinária desta quarta-feira (20) da Assembleia Legislativa.
Pela regra proposta, todas as maternidades, hospitais e demais unidades de saúde, tanto públicos quanto das redes privadas, que realizam partos em Mato Grosso do Sul, deverão realizar os exames de detecção nos bebês no prazo de 48h do parto.
Conforme a matéria descreve, esse exame de detecção consiste na avaliação visual e palpação do palato (céu da boca) do recém-nascido por cirurgiões-dentistas e fonoaudiólogos para detectar possíveis fissuras, fendas e outras anomalias.
Em caso de suspeita ou confirmação, o hospital deverá notificar o caso ao serviço de saúde competente; encaminhar o recém-nascido para fonoaudiologia e orientar os pais ou responsáveis quanto ao diagnóstico e às etapas do tratamento.
O PL também diz que, quando o nascimento ocorrer fora da unidade de saúde, os pais ou responsáveis devem solicitar o exame em até 72 horas, após o parto, na unidade de saúde mais próxima de sua residência.
Entenda mais
Fissuras, fendas e outras anomalias craniofaciais são condições congênitas que afetam o desenvolvimento do crânio e da face. Essas condições podem variar em sua gravidade e localização, afetando tanto tecidos moles quanto ósseos.
O lábio leporino e a fenda palatina são exemplos comuns dessas anomalias. Veja abaixo os tipos comuns de fissuras e fendas:
Fissuras submucosas: Fissuras no palato mole, onde a mucosa permanece intacta.
Lábio leporino: Fenda no lábio superior.
Fenda palatina: Fenda no céu da boca (palato).
Fissuras transforame incisivo: Fissuras que afetam tanto o palato primário quanto o secundário, estendendo-se do lábio ao rebordo alveolar e podendo chegar à úvula.
Fissuras pós-forame incisivo: Fissuras que afetam apenas o palato, sem envolver o lábio ou os dentes.
Fissuras raras de face: Incluem fissuras mais complexas que podem envolver outras estruturas faciais, como pálpebras, sobrancelhas e narinas.
Fissuras submucosas: Fissuras no palato mole, onde a mucosa permanece intacta.
Tratamento:
O tratamento de fissuras e fendas craniofaciais geralmente envolve uma equipe médica multidisciplinar. É um processo contínuo, que pode levar vários anos para ser concluído e envolve a colaboração de diferentes profissionais de saúde.
- Cirurgia: A cirurgia é o principal tratamento para corrigir as fissuras e fendas, com o objetivo de restaurar a função e a aparência.
- Fonoaudiologia: A terapia da fala é essencial para ajudar as crianças a desenvolverem habilidades de fala e linguagem adequadas.
- Odontologia e Ortodontia: O tratamento odontológico e ortodôntico é fundamental para corrigir problemas dentários e o desenvolvimento da mordida.