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sexta-feira, 29 de março, 2024
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Fundação de Cultura e artesãos de MS participam do Salão do Artesanato em Brasília

Arte, saberes, cultura e tradição se unem mais uma vez para apresentar a diversidade da produção artesanal brasileira no 14º Salão do Artesanato, de 27 a 31 de outubro de 2021, na Arena de Eventos do Pátio Brasil Shopping, em Brasília. Aproximadamente 500 artesãos de 23 unidades da federação se reúnem para um dos maiores eventos do País. A mostra ficará aberta à visitação do público das 10h às 22h, com entrada franca.

Realizado anualmente pela Rome Eventos, o 14º Salão do Artesanato vai apresentar o trabalho de artesãos selecionados regionalmente por meio do PAB (Programa do Artesanato Brasileiro). Sob o tema “Raízes Brasileiras”, estarão em Brasília artesãos do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal. Os estados do Maranhão, Rio Grande do Sul e Rondônia estarão representados no estande da Confederação Brasileira de Artesãos.

A Fundação de Cultura de MS transportou as peças de artesanato sul-mato-grossense até a Capital Federal. Para representar Mato Grosso do Sul, foram disponibilizadas 4 vagas para entidades representativas do artesanato e 2 vagas para artesãos individuais, para ocupar um espaço coletivo de 50m². Estarão participando da mostra as artesãs Assunção Alves, Ana Vitorino da Silva Leodério e Josefa Marques Mazarão e as entidades representativas do artesanato Associação dos Produtores de Artesanato e Artistas Populares do MS (PROART/MS), União Estadual dos Artesãos de Mato Grosso do Sul (UNEART/MS) e a Associação de Arte e Artesanato Vale da Esperança (AAAVE), do município de Caarapó.

Esta edição tem um significado relevante para os artesãos brasileiros: marca a retomada das atividades comerciais pós-pandemia. Afinal, esses profissionais sempre tiveram nas feiras a melhor forma de expor e comercializar suas peças, o que deixou de acontecer desde março de 2019 por conta das restrições decorrentes da pandemia da Covid-19. Assim, o Salão será a primeira feira nacional a ser realizada em Brasília depois do impedimento por conta dos cuidados de prevenção ao coronavírus. “Esse retorno envolve o trabalho de vários segmentos do setor de eventos e turismo da cidade e acontece em um momento que as pessoas estão mais seguras para sair de casa. O impacto, além de econômico é também emocional, pois é muito importante voltar a mobilizar o setor”, observa Leda Alves, diretora executiva da Rome Eventos.

O 14º Salão do Artesanato vai apresentar estandes com os trabalhos de artesãos de diferentes estados, a tradicional Praça dos Mestres (que destaca a obra de grandes nomes da área no Brasil), uma inédita Rodada de Negócios e muito mais. Destaque para a ambientação, pensada para conjugar artesanato, arquitetura e design, mostrando todo o requinte da arte feita manualmente.

Mestre artesãos

Além de expor e comercializar produtos, profissionais de grande destaque nos diversos estados brasileiros ocuparão um espaço de prestígio: a Praça dos Mestres. O ambiente vai servir de palco para mestres artesãos produzirem ao vivo suas peças e produtos, conversarem com os visitantes e até explicarem seu processo de trabalho.

Rodada de Negócios

Pela primeira vez no Salão do Artesanato, a Rome, com o apoio do Programa do Artesanato Brasileiro, realiza uma Rodada de Negócios no âmbito da mostra, durante todos os dias da programação. A Rodada receberá lojistas presencialmente, seguindo o modelo de visita livre aos estandes, mas também permitirá a possibilidade de negociação com lojistas de forma virtual, no modelo de agendamento prévio, por meio de link que foi disponibilizado para inscrições de lojistas e artesãos.

Os artesãos poderão negociar seus trabalhos com lojistas nacionais e internacionais. “Vamos tirar o artesão do seu lugar de criação e colocá-lo frente a lojistas de grandes metrópoles que vão possibilitar ao consumidor final levar para casa uma peça desenvolvida que não tem só beleza estética, mas história e um fundamento para que ela exista”, justifica Lica Marques, responsável pela Rodada de Negócios.

A proposta é promover uma aproximação do artesão com o mercado. “A Rodada traz todo esse poder da arte de uma forma prática para valorizar o trabalho do artesão e uma comercialização de forma correta e estruturada para o lojista”, detalha Lica.

Para potencializar a divulgação dos produtos na Rodada de Negócios, será disponibilizada aos artesãos uma nova ferramenta: a Plataforma do Salão do Artesanato Virtual. Trata-se de um ambiente digital, que terá como função expor os produtos dos participantes de forma que compradores e lojistas possam visualizá-los e ter informação de contato dos artesãos. A plataforma não será um market place para venda, mas sim um espaço virtual para exposição das peças, possibilitando ao artesão contar um pouco de sua história e de seus produtos. Ali, será possível exibir fotos dos artesanatos e apresentar os contatos para negócios futuros – a plataforma permanece on-line após o evento, por tempo indeterminado. Ou seja, além de dar suporte à Rodada de Negócios, ela servirá de vitrine para o artesão por um período mais longo.

Arquitetura e design 

O artesanato no Brasil também extrapola o seu próprio nicho. Nesta edição do Salão, arquitetura e design se unem para mostrar a dimensão do trabalho dos mestres artesãos e de suas linguagens. Para tanto, o arquiteto Humberto Macedo apresenta um projeto para os portais do espaço da feira que associa a produção arquitetônica com os produtos artesanais de diversos ofícios diferentes, que o público poderá prestigiar durante o evento.

Esses espaços internos do Salão também serão decorados graças a uma parceria com o Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB). Alunos do 3º e do 4º semestres do curso de Design de Interiores irão, sob a supervisão de seus professores, desenvolver soluções de design.

Segundo a coordenadora do curso, professora Larissa Cayres, os estudantes darão suporte à montagem dos ambientes do Salão, como forma de gerar uma aproximação do ensino formal com os saberes tradicionais do artesanato. “Foi uma ideia muito legal, porque a gente fornece estudantes e professores para contribuírem para um aprendizado de mão-na-massa, para organização de espaços de eventos”, destaca a acadêmica.

Sobre o Salão do Artesanato

O artesanato no Brasil é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de várias famílias e comunidades. A diversidade cultural e a expressão criativa dos artesãos brasileiros destacam o país como um importante polo de produção artesanal. O setor conta com milhares de produtores, uma rede tradicional e informal de comercialização, formas gregárias de produção e produtos criativos repletos de identidade cultural, o que gera uma grande aceitação no mercado nacional e internacional. Erudito, popular ou folclórico, o artesanato brasileiro passeia por diferentes matérias-primas, técnicas, estilos.

Toda essa riqueza tem sido apresentada anualmente em Brasília através do Salão do Artesanato, que já realizou 13 edições desde sua criação, em 2009. Atualmente, é o maior evento do ramo no Centro-Oeste e está entre os três maiores do setor no Brasil. O evento trabalha com o conceito da sustentabilidade, realizando a coleta seletiva de resíduos e com expositores que comercializam produtos que utilizam como matéria-prima materiais reciclados. Todo o lixo reciclável é doado para cooperativas de reciclagem.

O Salão do Artesanato tem o patrocínio do Sebrae e do BRB, conta com o apoio Institucional do Programa do Artesanato Brasileiro/ Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade – SEPEC/Ministério da Economia.

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