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Garoto que morreu após ser violentado com mangueira de lava-jato estaria sem roupa

Publicado em 05/05/2017 18h27

Garoto que morreu após ser violentado com mangueira de lava-jato estaria sem roupa, suspeita polícia

Delegado tem 60 dias para concluir as investigações, mas espera encerrar inquérito na metade do prazo. Mais testemunhas devem ser ouvidas.

G1

O delegado Paulo Sérgio Lauretto, responsável pelo caso do adolescente de 17 anos violentado com uma mangueira de compressão em um lava-jato de Campo Grande em fevereiro de 2017 e que morreu dias depois, afirmou que a vítima estava sem roupa no momento da agressão.

A defesa dos dois suspeitos disse que eles estão à disposição das Justiça e das investigações, mas informou que só vai se manifestar após a conclusão do inquérito.

Por causa da suspeita, o Ministério Público deu mais 60 dias para o delegado concluir as investigações, mas ele acredita que deve encerrar o inquérito na metade desse tempo. Pelo menos mais três testemunhas devem ser ouvidas.

“A pessoa que age num tom de brincadeira e, simplesmente se aproxima da vítima com a mangueira de ar aciona e pressiona por cima das vestes, essa pessoa assume o risco. Agora, no momento em que eles premeditam a ação, ao ponto de abaixar as roupas e fazer essa introdução, então nós temos aí que esse risco assumido é muito maior. Então, é por isso que iremos indiciar, sendo confirmado, os suspeitos pelo homicídio doloso, pelo dolo eventual”, explicou Lauretto.

Em abril a polícia recebeu do médico legista um parecer que pode ser decisivo para esclarecer como aconteceu a violência. O inquérito sobre o caso tem dois volumes e cerca de 500 páginas com depoimentos da vítima, dos envolvidos, da família e testemunhas, além do prontuário médico do Centro Regional de Saúde do bairro Tiradentes e da Santa Casa, onde Wesner Moreira da Silva recebeu atendimento.

Conforme o tempo vai passando, a mãe de Wesner vive dias de angústia e dor. “Eu quero ver eles presos. Eles condenados pelo que fizeram com meu filho”, desabafou Marisilva Moreira.

O caso

Tudo aconteceu no dia três de fevereiro. O adolescente de dezessete anos foi violentado com uma mangueira de compressão de ar no lava-jato onde trabalhava. Wesner morreu onde dias depois de dar entrada na Santa Casa.

Segundo a polícia, o dono do lava-jato, Thiago Demarco Sena, de 20 anos, e um funcionário do estabelecimento, Willian Henrique Larrea, de 30, são os principais suspeitos.

Durante o tempo que permaneceu no hospital, o garoto passou por cirurgias até para retirar parte do intestino grosso. Ele teve uma hemorragia grave, que surgiu por conta de uma lesão no esôfago.

Garoto que morreu após ser violentado com mangueira de lava-jato estaria sem roupa

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