A Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros) continua procurando por outros integrantes da quadrilha responsável pela tentativa de furto de uma joalheria no Shopping Norte Sul Plaza, em Campo Grande, ocorrido entre a noite de sábado (18) e a manhã de domingo (19).
Nessa terça-feira (21), em coletiva de imprensa, o delegado responsável pelo caso, Reginaldo Salomão, destacou que três pessoas já foram presas, incluído o rapaz de 20 anos capturado no dia dos fatos tentando fugir do centro comercial pelo sistema de tubulação da caixa d’água, após o fracasso da investida.
Aos jornalistas, ele detalhou o modus operandi da quadrilha, com dois se apresentando como profissionais do mercado de joias antes do crime ser executado. “Eles propõem negócios com o joalheiro e vão embora. Fazem a varredura do ambiente, câmeras de segurança, entre outras observações e repassam aos que irão invadir o local”.
Prisões
Segundo o delegado, os criminosos vieram de Goiás para Campo Grande na sexta-feira (16), de ônibus. No caminho, fizeram uso de grande quantidade de maconha e o cheiro chamou atenção, fazendo com que fossem abordados por uma equipe do Batalhão de Choque. Após a prisão de Claudyo, no domingo, a Garras cruzou as informações.
Descobriu-se que, após chegarem à Capital, ficaram em uma casa alugada no Bairro Vida Nova, cujo dono é um policial militar. Ele desconfiou da movimentação e chegou a registrar imagens, ajudando a confirmar a identidade. Quando o furto deu errado e o primeiro foi preso, a Garras fez diligências em hotéis para encontrar os comparsas.
Um deles foi preso em um bar na madrugada dessa terça-feira, ingerindo bebida alcoólica, no bairro Vila Morumbi. Foi quando o terceiro apareceu em um carro de aplicativo e tentou fugir ao ver os policiais. Ao ser abordado, quebrou o celular e foi preso. Em depoimento, os dois optaram por ficar em silêncio.
A investigação apura se eles são os mesmos que invadiram a joalheria em 2024. Todos têm histórico de furtos e tentativas no Rio de Janeiro e Sergipe. Claudyo chegou a falsificar um boletim para embarcar no ônibus, pois estava em regime aberto e tinha proibição de sair de Goiás. A polícia apreendeu joias com eles, mas não se sabe a origem dessas.