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quinta-feira, 20 de novembro, 2025
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Governo lança campanha para reafirmar capacidade de vacinação

Vídeo promocional mostra dimensões continentais do Brasil, assim como a estrutura logística para distribuição dos imunizantes

O governo, por meio do Ministério da Saúde, lançou na quarta-feira (20) uma campanha publicitária para mostrar a todos os brasileiros a capacidade do País de promover uma campanha nacional de vacinação contra a covid-19.

O filme tem duração de um minuto e mostra os desafios de imunizar uma população tão diversa e distante geograficamente, assim como a estrutura de logística usada para a distribuição das vacinas autorizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O filme reúne pessoas que representam cada uma das cinco regiões do Brasil, simbolizando o “gigantismo da nação”, segundo Ministério da Saúde. A primeira cena mostra um sertanejo idoso em sua casa, tirando a viola de um armário e afinando as cordas do instrumento, enquanto visualiza fotos com amigos, como se estivesse se preparando para revê-los.

A estratégia de comunicação é clara: reafirmar o compromisso do governo em levar a vacina para todo o Brasil. No decorrer do filme, inclusive, o texto salienta que a vacinação “vai devolver a confiança para que o senhor Isaías” — o sertanejo da primeira cena — “volte a fazer rodas de viola com os amigos; para que os médicos possam continuar salvando vidas; e para que os professores voltem às salas de aula”.

Apesar do esforço, a narrativa do governo até pouco tempo era contrária a vacinação. Em mais de uma oportunidade, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não tomaria qualquer vacina e questionou a segurança dos imunizantes, especialmente da Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. 

O governo federal, inclusive, chegou a cancelar a compra de 46 milhões de doses da Coronavac em outubro, um dia após o ministro Eduardo Pazuello ter anunciado a aquisição dos imunizantes. Na época, Bolsonaro se referia a Coronavac como a “vacina chinesa” e a “vacina do Dória”.

No entanto, depois que São Paulo foi o primeiro Estado a começar a vacinar a população, frustrando os planos do governo federal de iniciar a campanha de forma simultânea no que seria o Dia D, Bolsonaro se referiu a Coronavac, vacina usada para imunizar a enfermeia Mônica Calazans, como a “vacina do Brasil”. 

A peça termina com cenas de pessoas com máscaras, higienizando a mão com álcool em gel, destacando um letreiro que reforça a necessidade de proteção enquanto a vacina não chega para todos os brasileiros. 

Após a veiculação deste primeiro filme, haverá ainda uma segunda fase de veiculação de campanhas afim de convocar os grupos prioriários para vacinação. O primeiro grupo, definido pelo Ministério da Saúde, inclui idosos a partir de 60 anos; pessoas com deficiência que vivem em instituições, a partir de 18 anos; trabalhadores da saúde da linha de frente e população indígena vivendo em terras indígenas.

A campanha visa incentivar a população a baixar o app Conecte SUS e também orienta os integrantes dos grupos prioritários a procurarem uma unidade de saúde.

Fonte: R7

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