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sexta-feira, 13 de junho, 2025
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Governo Lula é visto como ruim por 43% e Janja é alvo de críticas, dizem pesquisas

Duas pesquisas divulgadas nesta semana mostram sinais de desgaste na avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e revelam a percepção dos brasileiros sobre a atuação da primeira-dama, Janja Lula da Silva.

De acordo com levantamento da Ipsos-Ipec divulgado nesta quinta-feira (12), 43% dos brasileiros avaliam a gestão Lula como ruim ou péssima, um aumento de dois pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, realizada em março, quando esse índice era de 41%.

A fatia da população que considera o governo ótimo ou bom caiu de 27% para 25%, enquanto os que classificam como regular passaram de 30% para 29%. Já 2% dos entrevistados não souberam opinar ou não responderam.

A pesquisa ouviu 2.000 eleitores presencialmente entre os dias 5 e 9 de junho, em 132 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Opiniões sobre Janja

Já a pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (13), investigou como os brasileiros percebem a atuação da primeira-dama Janja Lula da Silva. Para 36% dos entrevistados, suas ações mais atrapalham do que ajudam o governo. Outros 14% afirmam que ela mais ajuda do que atrapalha.

Para 40% dos brasileiros, Janja não influencia — nem positivamente, nem negativamente — a gestão do marido. Já 10% não têm opinião formada sobre o tema.

O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 136 cidades do país, no dia 10 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Episódio envolvendo Janja

O episódio mais recente envolvendo a primeira-dama foi causado por uma fala de Janja, em maio deste ano, durante um encontro oficial entre Lula e o presidente chinês Xi Jinping durante viagem do brasileiro à China.

A primeira dama causou desconforto ao criticar o TikTok, que é uma rede social chinesa. Janja alertou os presentes sobre os efeitos nocivos da plataforma, afirmando que o algoritmo favorece a extrema direita no Brasil e representa um desafio político para o país.

A intervenção foi considerada fora de lugar por ministros e membros da delegação brasileira, que classificaram a situação como constrangedora. Xi Jinping respondeu que o Brasil tem autonomia para regular ou até banir a plataforma, se assim desejar.

Alguns dias depois, Janja respondeu às críticas durante um evento do Ministério dos Direitos Humanos. “Em nenhum momento eu calarei a minha voz para falar sobre isso. Não há protocolo que me faça calar se eu tiver uma oportunidade de falar sobre isso com qualquer pessoa que seja”, disse Janja.

Segundo o Datafolha, 40% dos homens acham que Janja influencia negativamente o presidente. O número é parecido com a média geral. Entre as mulheres, esse índice cai para 36%.

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