O ex-marido e autor do feminicídio de Angela Nayhara Guimarães Gugel, de 53 anos, Leonir Gurgel, de 59, foi transferido da Santa Casa para um estabelecimento penal na sexta-feira (12). Ele foi preso em flagrante logo após o crime, no dia 08 deste mês, quando também tentou cometer o suicídio cortando o seu pescoço, mas foi socorrido a tempo.
Ele permaneceu sob escolta policial ao longo dos últimos dias, aguardando a alta médica. No dia 09, teve o flagrante convertido em preventiva na audiência de custódia, porém, por conta do quadro clínico, não chegou a prestar o depoimento formal, o que deve ocorrer a partir de agora. Segundo a investigação, o caso está sob sigilo e detalhes não podem ser repassado à imprensa.
O feminicídio
Dona de um restaurante bastante movimentado na região do bairro Taveirópolis, Ângela foi covardemente morta pelo marido, após não aceitar voltar para casa. O casal tinha uma união de cerca de 30 anos e teve uma discussão na noite anterior por motivos não esclarecidos, ocasião em que ela foi para a casa de sua mãe e passou a noite.
Durante as primeiras horas da manhã seguinte, conversaram por telefone e combinaram de se encontrar para conversar. Testemunhas apontaram que o autor chegou calmo no imóvel. Entretanto, quando a vítima informou que não queria mais continuar o relacionamento, o homem sofreu um surto e partiu para cima dela usando um canivete e uma faca, desferindo diversos golpes.
A sogra (mãe da vítima) e a filha do casal, de 25 anos, estavam no imóvel no momento dos fatos. As duas ouviram os gritos de socorro e chegaram a jogar telhas contra o homem na tentativa de parar os golpes, mas não obtiveram o sucesso. A jovem chegou a ser atingida por um golpe no braço. A sogra foi para a rua pedir ajuda com os vizinhos, ocasião em que a polícia foi acionada.
O autor também passou a se cortar com o canivete para o suicídio, ferindo principalmente o seu pescoço. O Corpo de Bombeiros e o SAMU chegaram a tentar a reanimação da mulher, mas ela não resistiu e morreu ainda no local, enquanto o agressor foi salvo. O casal não tinha histórico criminal ou registros de violência doméstica.




















