Um indígena foi brutalmente assassinado na noite desta quarta-feira (30), na Aldeia Nhu Porã, localizada no município de Dourados. A vítima foi morta a golpes de machado e teve o corpo esquartejado, com cabeça, braços e pés separados. Este é o segundo caso de esquartejamento em aldeias da região nesta semana.
O principal suspeito do crime é o afilhado da vítima, um adolescente de 17 anos, que foi apreendido pela Polícia Militar ainda no local. Segundo a corporação, o jovem confessou o homicídio, afirmando ter utilizado um machado para cometer o crime.
Crime teria ocorrido após briga familiar
À imprensa local e à polícia, o adolescente relatou que o assassinato aconteceu durante uma discussão familiar, na qual a vítima teria agredido a mãe do autor. Segundo o depoimento, a vítima teria um mandado de prisão em aberto por violência doméstica e descumprimento de medida protetiva.
“Ele estava discutindo e agredindo minha mãe. Ela já tinha medida protetiva. Eu tentei intervir, mas a situação saiu do controle”, afirmou o jovem. Ele ainda contou que havia comprado o machado com a intenção de trabalhar, mas revelou que já nutria ressentimentos contra o padrasto, motivados por agressões anteriores e ameaças à família.
Em um áudio compartilhado em grupos de mensagem, o adolescente descreve parte da ação: “O cara queria me bater. Nisso, eu peguei e bati na perna dele”. Após os primeiros golpes, ele continuou a agressão até a morte da vítima, seguida de decapitação e esquartejamento.
Investigação em andamento
A Polícia Civil investiga o caso e busca entender a dinâmica do crime, além de possíveis agravantes ou coautores. Apesar da brutalidade, a polícia afirma que não há indícios de envolvimento com tráfico de órgãos, hipótese descartada também em outro caso recente ocorrido na região.
O adolescente permanece sob custódia e deve responder por ato infracional análogo a homicídio qualificado e ocultação de cadáver.