Israel lançou na noite desta quinta-feira (12) um ataque aéreo contra o Irã, em uma escalada dramática nas tensões do Oriente Médio. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), o alvo principal foi o programa nuclear iraniano, com instalações em Teerã, capital do país, atingidas durante a operação.
O porta-voz do IDF, Effie Defrin, justificou a ação afirmando que o Irã está “mais perto do que nunca” de obter uma arma nuclear, e que o país possui urânio enriquecido suficiente para construir diversas bombas em poucos dias. “Armas de destruição em massa nas mãos do regime iraniano são uma ameaça existencial ao Estado de Israel e ao mundo em geral”, declarou.
Em pronunciamento, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o momento como “decisivo na história de Israel” e anunciou o início da Operação Leão Ascendente, com promessas de continuidade. “Esta operação continuará pelos dias necessários para eliminar essa ameaça à nossa sobrevivência”, afirmou.
Resposta iraniana é esperada
Sirenes de alerta soaram em diversas regiões de Israel, como medida preventiva diante de possíveis retaliações. O espaço aéreo israelense foi temporariamente fechado. Até o momento, não há registros de contra-ataques diretos do Irã, mas o exército iraniano se manifestou nas redes sociais. “Lembre-se, nós não iniciamos isso.”
Em outra mensagem, o Irã indicou que irá reagir ao bombardeio: “Nunca seja você quem convida alguém para lutar, mas se alguém o chamar para a batalha, atenda ao chamado, pois aquele que convida para lutar é um tirano — e um tirano sempre é derrotado.”
Chefe da Guarda Revolucionária é morto
A mídia estatal iraniana confirmou que Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária do Irã, foi morto durante o ataque. A instituição é considerada o braço mais poderoso do regime dos aiatolás, e sua perda representa um golpe significativo à liderança militar do país.
EUA negam envolvimento
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que os Estados Unidos não participaram da ofensiva israelense. “Israel tomou ações unilaterais contra o Irã. Nossa prioridade é proteger as forças americanas na região”, destacou.
A comunidade internacional acompanha com preocupação a escalada do conflito, que reacende o temor de uma guerra em larga escala no Oriente Médio.