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sexta-feira, 9 de maio, 2025
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Jamilzinho desiste de mudança de foro e júri sobre a morte de universitário

Preso na operação Omertà desde 2019, Jamil Name Filho, 46 anos, desistiu da ação para transferir o júri popular sobre a execução do estudante universitário Matheus Coutinho Xavier, marcado para dia 17 de julho, para cidade do interior do Estado. A defesa comunicou a desistência ao Tribunal de Justiça na sexta-feira (16).

Pedido de desaforamento foi encaminhado ao juiz do processo pela defesa do empresário, conhecido como Jamilzinho, no fim de maio, e tinha por objetivo transferir a sessão para Dourados ou Três Lagoas. A fundamentação era que Jamil Name entraria no Fórum de Campo Grande “já condenado”, que há “indisfarçável ódio” da sociedade campo-grandense contra a família Name e que houve “massacrante trabalho na imprensa”.

Os argumentos da defesa já haviam sido rebatidos pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, responsável pela sessão marcada para daqui a um mês.  O magistrado argumentou, dizendo que Campo Grande “é a única comarca do estado dotada de condições ideais para comportar um julgamento deste jaez”. Ele, também, pontuou que Dourados e Três Lagoas ficam próximas de Campo Grande. “E ainda comprometeria o planejamento para a realização do júri, como transferência dos acusados da Penitenciária Federal de Mossoró para Campo Grande, reserva de hotel para os jurados e a montagem de mega esquema de segurança”.

Assim, a defesa do empresário, acabou desistindo do pedido. “Jamil Name Filho, por seus advogados constituídos, em que pese a perseguição midiática que tem sofrido, mas em respeito à Justiça e consciente de sua inocência, requer a desistência do pedido de desaforamento”, afirmaram os advogados Nefi Cordeiro, Anderson Lima e Eugênio Carlo Balliano Malavas.

Vencido o impasse, segue o dia 17 de julho, como data para iniciar o julgamento de Jamilzinho pela execução do universitário Matheus Coutinho Xavier, 19 anos. Além do empresário, outros dois, Marcelo Rios e Vladenilson Olmedo, também são réus no mesmo crime.

A expectativa é de que o júri dure quatro dias, sempre das 8h às 17h, e termine no dia 20 de julho deste ano. 

Crime

Matheus foi metralhado quando manobrava a caminhonete do pai, o ex-capitão da Polícia Militar Paulo Roberto Teixeira Xavier, o PX, que supostamente era o alvo da organização criminosa chefiada por Jamilzinho e pelo pai, Jamil Name, morto em decorrência da covid-19 em junho de 2021.

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