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JBS pede 45 dias para mandar documentos solicitados pela CPI da Assembleia

Publicado em 03/07/2017 19h04

JBS pede 45 dias para mandar documentos solicitados pela CPI da Assembleia

Deputado Paulo Corrêa (PR) disse que a comissão vai analisar o pedido na próxima reunião, marcada na quarta-feira (5).

G1 MS

A JBS pediu à CPI das Irregularidades Fiscais e Tributárias de Mato Grosso do Sul, da Assembleia Legislativa, mais 45 dias para mandar os documentos dos Termos de Ajustes de Regimento Especial (Tare) firmados entre a empresa e o governo do estado.

O prazo para entrega dos documentos terminaria nesta segunda-feira (3), mas a empresa argumentou, por meio de ofício, que vem atendendo várias solicitações de outros órgãos da Justiça desde que os irmãos Joesley e Wesley Batista assinaram o acordo de leniência e colaboração premiada.

A CPI apura se o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) cometeu crime de improbidade administrativa, conforme a delação de Wesley Batista. Segundo o empresário, o tucano teria recebido propina para conceder incentivos fiscais à empresa. O governador nega.

O presidente da CPI, deputado estadual Paulo Corrêa (PR), disse que o pedido será analisado na próxima reunião da comissão na quarta-feira (5).

Mas Paulo Siufi (PMDB), autor do requerimento, afirmou que pretende levar a discussão para a sessão ordinária de terça-feira (4). “Esse tempo é inaceitável. Meu voto é contra, de brincadeira eu não fico. Isso é acabar com a CPI”, afirmou o parlamentar.

Os mesmos documentos foram solicitados à Secretaria do Estado de Fazenda (Sefaz). A ideia dos deputados é fazer o cruzamento de informações. Além disso, o órgão estadual também forneceu cerca de três mil notas fiscais.

Para garantir o sigilo fiscal da documentação que será analisada pela comissão, foi criado um selo digital aplicado nesta manhã, na Assembleia Legislativa. “O setor de informática lá do governo com a Secretaria de Fazenda estão nos entregando e estamos fazendo uma marca com token cada uma dessas notas fiscais que a estima ser de 1,5 mil a três mil notas vão ser carimbadas com a assinatura da Assembleia e minha assinatura como presidente da CPI, que é uma marca d’água”, explicou Corrêa.

O secretário de Fazenda Márcio Monteiro afirmou que a marca usada pela CPI foi criada exclusivamente para a comissão. “Os técnicos encontraram isso como forma de segurança para os trabalhos que a CPI vai fazer para que os deputados tenham tranquilidade e o governo do estado de que o sigilo fiscal seja mantido nesse processo”, disse.

Márcio Monteiro e Paulo Corrêa na reunião que selou documentos da CPI (Foto: Victor Chileno/ALMS)

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