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quinta-feira, 31 de julho, 2025
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Jonir Figueiredo, grande nome das artes visuais de MS, morre aos 71 anos em Bonito

Considerado um dos grandes nomes das artes visuais sul-mato-grossenses, Jonir Benedito de Figueiredo morreu na madrugada deste sábado (26), aos 71 anos. Segundo as informações, ele pode ter sofrido um infarto fulminante enquanto dormia, sendo encontrado sem vida por amigos em um hotel na cidade de Bonito.

O artista participava da 3ª edição do Festival Bonito Cinesur (Festival de Cinema Sul-americano), que começou ontem (25). Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento.

Nas redes sociais, alguns dos nomes mais importantes da cultura estadual publicaram mensagens de pesar. “Vá em paz meu irmão e que Deus te receba em seus braços”, escreveu o jornalista Bosco Martis.

“O Jonir era um cara atuante, um cara bom, de alma boa. Com certeza o Criador vai receber ele por lá. É triste”, citou o cantor Almir Sater.

Jonir Figueiredo nasceu em Corumbá e completou, em 2022, 50 anos de carreira nas artes visuais, onde ficou marcado por retratar a beleza natural de Mato Grosso do Sul e do Pantanal, como a fauna e a flora.

Jonir Figueiredo, grande nome das artes visuais de MS, morre aos 71 anos em Bonito
Foto: Divulgação

Ativo e prolífico, foi uma figura de grande destaque na cena artística, frequentemente mencionado em obras sobre arte e cultura do Estado e do centro-oeste. Autodidata, sempre considerou a intuição como sua aliada principal na composição das obras.

Participou da chamada “geração da divisão”, que brigou pela criação de Mato Grosso do Sul em 1977, inclusive, usou o nascimento do novo estado como matéria-prima para sua arte e identidade.

Ajudou na fundação do Movimento Cultural Guaicuru, coletivo de artistas que se dedicava a traduzir, pelas artes visuais, o que significava ser sul-mato-grossense. Foi desenhista, gravador, pintor, performer e produtor cultural.

Ele expôs seu trabalho em diversos estados brasileiros, bem como internacionalmente, incluindo o Mercosul, Japão, cinco cidades da antiga União Soviética, Europa e na sede da ONU em Nova York.

Em 2022,quando completou 50 anos de carreira, realizou uma mostra no Centro Paris Anim’ Sohane Benzian, na Escola de língua Herança Cultural, em Paris, capital da França, onde também realizou oficinas com crianças sobre os bichos do Pantanal.

Ainda na França, realizou outras mostras culturais e lançou o livro ‘Jonir, uma trajetória de vida construída com arte’. O artista era bacharel em Educação Artística pela Faculdade Unidas de Marília (SP).

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