24.8 C
Campo Grande
quarta-feira, 12 de novembro, 2025
spot_img

Justiça estadual suspende prisão preventiva de policial federal preso na operação Omertà

O policial federal Everaldo Monteiro de Assis, o “Jabá”, preso desde 27 de setembro do ano passado, na primeira fase da operação Omertà, teve sua prisão preventiva suspensa por medidas cautelares, nesta terça-feira (27). A decisão foi dada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho.

Na decisão, o magistrado julgou que “a manutenção da prisão preventiva do policial federal é, atualmente, desnecessária, porquanto a garantia da ordem pública e da eventual aplicação da lei penal, bem como a conveniência da instrução criminal (reafirmando que a instrução já está praticamente encerrada) podem ser asseguradas pelas cautelares elencados no no código de processo penal, sem prejuízo de nova decretação de prisão preventiva caso este juízo constate a insuficiência das medidas”.

Assis deverá comparecer periodicamente em juízo; não mudar de residência sem comunicação; não se ausentar da comarca sem prévia autorização e comparecimento a todos os atos que for intimado. Deve ainda manter recolhido em sua residência e fica proibido de manter contato com testemunhas e réus dos processos originados da operação Omertà.

Além disso deverá ser monitorado eletronicamente, pelo prazo inicial de 180 dias, com a finalidade de permitir melhor controle acerca das demais medidas cautelares aplicadas.

Por fim o juiz, determinou expedição do alvará de soltura, mas ressaltou que Assis deverá continuar preso cautelarmente em razão de outro processo que responde.

Confira na íntegra a decisão judicial:

O policial federal, segundo Ministério Público Estadual, é acusado de usar a estrutura e informações privilegiadas da corporação federal para prestar serviços clandestinos à organização criminosa chefiada por Fahd Jamil, 79 anos, e Flávio Correia Jamil Georges, 35 anos, sediada em Ponta Porã, cidade lado a lado com Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

Os chefes da organização criminosa, pai e filho, estão foragidos e com mandado de prisão expedido na terceira fase da Omertà, deflagrada em junho deste ano.

O serviço de “Jabá” seria de realizar buscas nos sistemas da Corporação para montar dossiês sobre desafetos da organização criminosa, entre eles homens mortos em situações típicas de crime de pistolagem.

Fale com a Redação