A madrasta investigada por ter matado a enteada, de sete anos, finalmente deixou a cela da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) e foi alojada no estabelecimento penal de segurança média “Luiz Pereira da Silva”, em Jateí. A transferência aconteceu na manhã dessa quarta-feira (24), após 13 dias de detenção.
O crime aconteceu no dia 1º de agosto, quando a criança deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) apresentando diversas lesões pelo corpo. A menina sofreu uma parada cardiorrespiratória, os médicos ainda tentaram reanimá-la para fazer a entubação traqueal, mas ela não resistiu.
De acordo com laudo pericial, a criança sofreu um traumatismo craniano encefálico. Os próprios médicos e enfermeiros da UPA acionaram a Polícia Militar por suspeitar da versão apresentada pela madrasta, de que a menina havia caído de um banco e batido a cabeça.
O delegado responsável pelo caso, Marcos Soares, da 2ª Delegacia de Polícia, disse que as investigações indicam que as lesões podem terem sido causadas por tortura, em decorrência da “ordem cronológica diferente”, entre as várias marcas de ferimentos.
Foi constatado no laudo que a lesão na cabeça ocasionou a sua morte por traumatismo craniano e que uma queda do banco, de 50 centímetros como foi relatado, seria insuficiente para causar ferimento de tamanha gravidade.