32.8 C
Campo Grande
domingo, 7 de setembro, 2025
spot_img

Maioria dos brasileiros apoia prisão domiciliar de Bolsonaro, revela pesquisa

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus começaram a ser julgados nesta terça-feira (2) no Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Levantamento da Quaest, encomendado pela Genial Investimentos, revela que o caso está amplamente acompanhado pelos brasileiros e que a maioria considera justa a prisão domiciliar aplicada contra o ex-presidente.

Julgamento em destaque nacional

Segundo a pesquisa, realizada entre 13 e 17 de agosto com 2.004 pessoas, 86% dos entrevistados afirmaram já saber do julgamento antes mesmo da coleta dos dados — um crescimento de 13 pontos percentuais em relação a março. Outros 14% tomaram conhecimento durante a pesquisa, enquanto 0% declararam não saber ou não responderam.

Participação no plano golpista

A maioria dos brasileiros também avalia que Bolsonaro teve participação direta na trama golpista. Para 52% dos entrevistados, o ex-presidente participou do plano, cinco pontos acima do registrado em dezembro de 2023. Já 36% acreditam que ele não esteve envolvido, 10% não souberam responder e 2% negam a existência de tentativa de golpe.

Prisão domiciliar divide opiniões

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília no âmbito de outro inquérito, que apura suposta articulação dele e de seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para pedir sanções ao governo Donald Trump contra ministros do STF e autoridades da PGR e da Polícia Federal. Ambos foram indiciados pela Polícia Federal por coação.

A pesquisa Quaest mostra que 55% dos brasileiros consideram justa a medida, enquanto 39% a classificam como injusta e 6% não souberam responder. O apoio à prisão é maior entre eleitores de Lula no segundo turno de 2022 (84%), moradores do Nordeste (65%) e católicos (62%). Já a rejeição predomina entre eleitores de Bolsonaro (83%) e evangélicos (57%).

Um dos julgamentos mais emblemáticos do século

No STF, Bolsonaro responde por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado, com penas que podem chegar a até 43 anos de prisão. A análise dos ministros é considerada um dos julgamentos mais relevantes da história recente do país, com repercussões políticas e sociais de longo alcance.

Fale com a Redação