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sexta-feira, 5 de setembro, 2025
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Mais que reforma: Teatro Municipal retoma papel cultural na Capital

Campo Grande ganhou de presente de aniversário em seus 126 anos, a reabertura de um dos seus espaços culturais mais simbólicos. Após três décadas sem cumprir sua vocação, o Teatro Municipal José Octávio Guizzo voltou a receber a comunidade nessa quinta-feira (4), no Paço Municipal, pronto para escrever novos capítulos na história da arte da Capital.

Mais que reforma: Teatro Municipal retoma papel cultural na Capital

O teatro, inaugurado em 1971 e rebatizado em 1990 em homenagem ao artista José Octávio Guizzo, marcou época com apresentações memoráveis, mas acabou ficando restrito a eventos administrativos por décadas. Agora, sob gestão da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), o espaço retoma sua vocação original, com 150 assentos, camarins e um anexo preparado para exposições, feiras, vernissages e encontros culturais.

Mais que reforma: Teatro Municipal retoma papel cultural na Capital

Na cerimônia, a prefeita Adriane Lopes, acompanhada da vice-prefeita Camilla Nascimento, falou sobre o momento de resgate cultural.

“Mais de 30 anos que esse teatro, que já foi de grande relevância para a cultura na nossa Capital, não cumpria sua finalidade que é receber espetáculos. Hoje estamos reinaugurando e entregando esse espaço para a classe artística e a população. Estamos fazendo o certo e tudo o que precisa ser feito pela resgatar a história e a cidadania da nossa gente”, afirmou.

Mais que reforma: Teatro Municipal retoma papel cultural na Capital

Ela também destacou que o local será uma vitrine para os artistas campo-grandenses. “Um espaço como este é muito mais que palco e galeria. Ele se transforma em vitrine, onde nossos artistas podem mostrar e também comercializar suas obras. É oportunidade de reconhecimento, de renda e de fortalecimento da cultura e da economia criativa da nossa cidade.”

Mais que reforma: Teatro Municipal retoma papel cultural na Capital

O diretor-presidente da Fundac, Valdir Gomes, destacou que a reabertura representa muito mais que a revitalização do prédio. “Estamos devolvendo um espaço de criação e oportunidade para os artistas. Teremos uma galeria de exposições e, já a partir da próxima semana, o anexo também receberá vendas de artesanato, fortalecendo a economia criativa local”, explicou.

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Ele acrescentou que cada artista terá até 30 dias para expor suas obras, o que amplia o tempo das mostras e transforma o local em uma vitrine permanente para o artesanato e a produção cultural de Campo Grande.

Mais que reforma: Teatro Municipal retoma papel cultural na Capital

O ex-deputado federal Luís Henrique Mandetta, autor da emenda que viabilizou parte da obra, lembrou a longa espera até a entrega. “O recurso foi destinado em 2012, mas ficou parado por anos na burocracia. Foram 13 anos de luta. E se não fosse a prefeita Adriane Lopes, talvez ficássemos mais 13 anos esperando. Hoje vemos o teatro reaberto, dando um novo começo para a cena cultural da cidade.”

Mais que reforma: Teatro Municipal retoma papel cultural na Capital

O presidente do Fórum de Cultura, Vitor Samudio, destacou o simbolismo do espaço. “Esse palco tem um peso histórico enorme. Cultura é um direito da população e, quando investimos nela, beneficiamos toda a sociedade.”

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O secretário de Estado da Casa Civil, Eduardo Rocha, representando o governador Eduardo Riedel, elogiou a iniciativa da gestão municipal. “A prefeita Adriane teve a sensibilidade de não deixar o projeto parado. O governo do Estado reafirma a parceria com a Prefeitura para valorizar a cultura e fazer da Capital a melhor cidade para viver no Brasil.”

A reinauguração do Teatro José Octávio Guizzo se soma a outras ações recentes, como a reabertura da Morada dos Baís e a revitalização da Concha Acústica. Mais que um prédio, o espaço volta a ser ponto de encontro, aprendizado e expressão da identidade campo-grandense.

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