O médico de 29 anos preso duas vezes por provocar acidentes de trânsito em Campo Grande dirigindo alcoolizado vai continuar em liberdade. Isso porque ele teve o pedido de habeas corpus concedido pela Justiça de Mato Grosso do Sul e deve pagar a fiança na ordem de 100 salários mínimos (R$ 132 mil) a qualquer momento.
A decisão foi publicada na tarde dessa quinta-feira (13). Conforme o processo, o médico deverá fazer o uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, não poderá frequentar bares, boates e casas noturnas e deverá permanecer em casa das 20h às 6h, assim como nos feriados e fins de semana.
Acidentes
A primeira vez que o médico apareceu nas páginas policiais foi em novembro de 2017, quando bateu o veículo que dirigia na Avenida Afonso Pena, provocando a morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, de 24 anos, e deixando o filho dela, na época com 3 anos, gravemente ferido.
Devido a força da batida, a caminhonete capotou e o carro das vítimas parou a cerca de 100 metros de distância em um poste. Ela ia cruzar a avenida passando o sinal vermelho, segundo testemunhas. O médico estava na avenida e atingiu o carro da advogada a 115 km/h. A perícia constatou que se ele não estivesse em alta velocidade, a colisão seria sem gravidade.
O profissional chegou a fugir do local do acidente e só se apresentou à polícia três dias depois e acabou preso, mas liberado depois de pagar R$ 50 mil de fiança. Ele só foi condenado pela morte da advogada em 2021, com pena de 4 anos e 21 anos, além de ter que pagar indenização de R$ 50 mil.
O médico estava preso agora por conta de outro acidente, ocorrido no dia 8 de junho. De acordo com o boletim de ocorrência, ele dirigia uma caminhonete pela rua Doutor Paulo Machado quando, no cruzamento com a Arquiteto Rubens Gil de Camillo, atingiu a lateral de um veículo.
Com a batida, a motorista atingida, sendo uma mulher de 28 anos, sofreu lesões e foi socorrida encaminhada para a Santa Casa. A vítima recebeu alta horas após o acidente. Segundo o registro policial, o médico estava com os olhos vermelhos e cheirava bebidas alcoólicas, mas se negou a fazer o teste do bafômetro.
O homem foi preso em flagrante por dirigir bêbado. Ainda segundo a polícia, o médico assinou um termo de constatação de embriaguez e foi levado algemado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol.
