Publicado em 03/11/2017 15h27
“Ministra desrespeita trabalhadores brasileiros”, diz procurador do MPT
Coordenador do programa erradicação de trabalho escravo criticou Luislinda
R7
A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, iniciou uma intensa polêmica nesta quinta-feira (2), após pedir para acumular seu salário de desembargadora aposentada com a de ministra de Estado, que chegaria a R$ 61 mil. O pedido causou mal-estar após ela comparar sua situação com “trabalho escravo”.
“É uma comparação esdrúxula”, afirma o procurador do trabalho Tiago Muniz Cavalcanti, que chefia a Conaete (Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo), em entrevista ao R7, “com objetivos, no mínimo, controversos, que desrespeita os trabalhadores brasileiros”.
Para Tiago, o pedido da ministra ainda “coloca em dúvida seu compromisso com os direitos humanos”.
Após a intensa polêmica de suas declarações, Luislinda desistiu do pedido de acúmulo de salários. Em nota oficial, a Secretaria de Direitos Humanos informou a desistência: “Considerando o documento sobre a situação remuneratória da ministra Luislinda Valois, o Ministério informa que já foi formulado um requerimento de desistência e arquivamento da solicitação”, informou a nota.
Anteriormente, em seu pedido, ela afirma que sua situação “sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura”.




















