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Morada do Baís modernizou a construção civil e democratiza a cultura

Publicado em 12/07/2017 07h54

Morada do Baís modernizou a construção civil e democratiza a cultura campo-grandense

Prédio projetado em 1913 foi o segundo sobrado construído da cidade e o primeiro de alvenaria, já foi residência e hoje é centro cultural.

G1 MS

Uma construção feita para revolucionar a história da engenharia civil de Campo Grande e que um dia serviu de moradia para a família de Bernardo Franco Baís, hoje oferece exposições de arte, cinema, oficinas e happy hour, com música ao vivo e pratos regionais.

Apesar do toque moderno dos encontros literários, filosóficos, musicais e sessões de cinema ao ar livre que são realizados atualmente, sob gestão do Sesc desde 2015, é possível voltar à primeira metade do século XX com o Museu e Ateliê Lídia Baís.

Segundo a diretora regional do Sesc Regina Ferro, a família doou alguns objetos íntimos e outros foram adquiridos. “A família doou ou vendeu objetos íntimos que virou o ateliê da Lídia. No museu, tem partituras e não apenas quadros como pensava que ela só pintava”, disse.

A gerente regional de Cultura Andreia Gomes explicou que algumas obras estavam com um sobrinho neto e estão sendo restauradas. “Também estamos estudando as partituras para transformar em peças sinfônicas”, afirmou.

A história do segundo sobrado da capital de Mato Grosso do Sul, o primeiro edificado em alvenaria começou em 1913 e durou cinco anos. O passado e o presente se dividem apenas pelas paredes dos salões do prédio que separam as exposições.

“Faz parte do resgate da história de Campo Grande. A Morada democratiza um pouco mais a cultura, fomenta a música, artes cênicas, arte áudio visual”, afirmou gerente regional de Cultura Andreia Gomes

Nesse mês de julho, o Sesc Morada dos Baís realiza a mostra “Jidaigeki – Viajando com Kurosawa ao Japão Feudal” todas as terças-feiras, às 19h (de MS). A entrada é gratuita.

Já os shows artísticos começam na quarta-feira e vão até o sábado sempre a partir das 20h. O estilo musical varia do samba, ao chorinho, passando pelo MPB. Para deixar a noite deliciosa, o restaurante oferece comidas típicas sul-mato-grossenses e bebidas.

As crianças também são lembradas com programação especial. Todo sábado às 15h30 tem oficina de arte e contação de histórias e a diversão continua com Cineclubinho, às 17h.

Cronograma

1913 – 1938: construção do prédio que durou 5 anos e permanência da família de Bernardo Franco Baís até sua morte.

1937: Lídia Baís pinta os painéis nas paredes do sobrado

Prédio é alugado para Nominando Pimentel e local vira Pensão Pimentel, com sucessivos proprietários, até 1979.

1974: grande incêndio no prédio que destrói todo madeiramento da cobertura, telhas de ardósia e pisos de madeira.

1979: Pensão Pimentel deixa de existir

1986: prédio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural de Campo Grande pelo prefeito Juvêncio César da Fonseca.

1993: Sebrae-MS e prefeitura de Campo Grande fecham parceria para revitalizar o prédio, passando o domínio ao Poder Público. Nesse período que foi implantado o Centro de Informações Turísticas e Culturais.

1994: Correios lançam carimbo em comemoração ao aniversário da cidade.

1995: inaugurado o Centro de Informações Turísticas e Culturais.

2015: Sesc assumiu a administração junto ao município.

Serviço

A Morada do Baís fica na avenida Noroeste, 5140, Centro de Campo Grande. Mais informações pelo telefone (67) 3311-4458.

Morada do Baís funciona de terça a sábado com apresentações musicais (Foto: Juliene Katayama)

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