Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro e impõe regras de segurança no hospital

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(Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Decisão prevê escolta da PF, vigilância 24 horas e restrição a visitas e eletrônicos

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a realização de cirurgia no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estabelece uma série de regras para a internação, o transporte e a segurança durante todo o período do procedimento médico, em Brasília.

Bolsonaro será internado na quarta-feira (24) no hospital DF Star para a realização de exames preparatórios e passará por uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral na quinta-feira (25), dia de Natal. Não foi definido um horário específico para a internação.

De acordo com a determinação, o transporte do ex-presidente será feito pela Polícia Federal (PF) de forma discreta, com desembarque pelas garagens do hospital. O trajeto entre a Superintendência da PF, onde Bolsonaro está preso, e o DF Star é de cerca de 2,5 quilômetros, com duração estimada de menos de dez minutos.

A PF deverá entrar em contato previamente com o diretor-geral do hospital, o médico Allison Bruno Barcelos Borges, para alinhar os termos e as condições da estadia. Conforme a decisão, a corporação será responsável pela vigilância integral do ex-presidente e também pela segurança da unidade hospitalar.

Segundo a determinação de Moraes, haverá fiscalização 24 horas por dia, com pelo menos dois policiais federais posicionados na porta do quarto de Bolsonaro. Outras equipes poderão atuar dentro e fora do hospital, conforme avaliação da PF. A equipe médica estima que o ex-presidente permanecerá internado por, no mínimo, uma semana após a cirurgia.

O ministro também proibiu a entrada no quarto hospitalar de telefones celulares, computadores e quaisquer dispositivos eletrônicos, com exceção de equipamentos médicos. Caberá à Polícia Federal assegurar o cumprimento dessa restrição.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi autorizada a acompanhar o ex-presidente durante toda a internação. Outras visitas, incluindo as dos filhos, só poderão ocorrer mediante autorização judicial prévia.

A defesa informou ao STF os nomes dos médicos que participarão do procedimento cirúrgico. Integram a equipe o clínico geral Wallace Stwart Carvalho Padilha, o diretor-geral do DF Star, Allison Bruno Barcelos Borges, o cirurgião geral Claudio Birolini e o cardiologista Brasil Ramos Caiado.

Na decisão, Alexandre de Moraes reforçou que todas as medidas visam garantir a segurança, o cumprimento das restrições impostas ao ex-presidente e a adequada realização do procedimento médico autorizado pela Corte.