21.2 C
Campo Grande
terça-feira, 13 de maio, 2025
spot_img

Moro deixa Podemos devendo ir ao União Brasil com desistência a candidatura à Presidência

O ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro, então pré-candidato a Presidência da República, pelo partido Podemos, que se filiou a menos de seis meses, saiu da legenda na manhã desta quinta-feira (31), véspera do fim de prazo para filiações partidárias visando as eleições de 2022. Ele informou à presidente da sigla, Renata Abreu, que deixou o partido, pelo qual vinha tentando viabilizar sua pretensão em concorrer ao Palácio do Planalto, mas que até hoje não havia avançado, tanto por seu desgaste político-social no cenário da sociedade civil em geral, como acima de tudo no meio político-eleitoral. Moro, devido até não ter ‘entregue’ uma candidatura viável competitiva, como propalava, tinha dificuldade para se movimentar e obter apoio do próprio primeiro partido que se filiou no inicio de novembro de 2021.

Moro, que deve ficar então fora da disputa, foi apresentado como pré-candidato presidencial, mas enfrentava resistências no Podemos, sobretudo dos deputados federais, que resistem a ceder a quantia do fundo eleitoral para a campanha ao Palácio. Contudo, se ele ‘correr’, tem até amanhã, 1º de abril, pode se filiar e concretizar que já havia sido convidado a ir para o também ‘novo’ União Brasil (fusão do DEM e PSL), para no mínimo ser candidato a deputado federal

O senador Jorge Cajuru (Podemos-GO), foi primeiro a dizer a imprensa ou redes sociais, que Moro havia realmente saído. “Saiu oficialmente, comunicou a presidente do partido, Renata Abreu, agora cedo. Ele não se viabilizou e estava querendo um partido com estrutura financeira, que o Podemos não tem. O Podemos tem uma coisa melhor que estrutura financeira, tem credibilidade, tem um Álvaro Dias no quadro como líder”, afirmou Kajuru.

Moro fora da Presidência, até tem aliados no União Brasil, como os deputados Júnior Bozzella (SP) e Kim Kataguiri (SP), mas uma ala de caciques oriundos do DEM, comandada pelo secretário-geral da legenda, ACM Neto, e pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, não querem tê-lo como candidato a presidente. Segundo o jornal Estadão ouviu de integrantes do partido, a condição imposta a eles para Moro entrar na sigla foi ser candidato a deputado federal. A reportagem tentou entrar em contato com o ex-juiz por meio da assessoria, mas não obteve retorno.

Reviravolta

O ex-juiz da Lava Jato esteve com o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, na segunda-feira (28), e os dois debateram sobre a possibilidade de unificar as candidaturas de terceira via. O União Brasil, partido que foi originado da fusão do PSL com o DEM, mantém diálogos constantes com o PSDB e o MDB para tentar apresentar uma candidatura única alternativa ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Outra reviravolta importante dentro do grupo aconteceu com a decisão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de desistir de participar da eleição presidencial. O paulista inclusive manifestou o desejo de sair da legenda. Doria tem sido alvo de uma forte oposição interna no PSDB, que quer que Eduardo Leite (PSDB), recentemente saído do governo do Rio Grande do Sul, seja a opção presidencial. No MDB, a pré-candidatura apresentada é a da senadora Simone Tebet (MS). A aliados, a parlamentar se mostrou otimista com a crise tucana e vê chance de o MDB liderar a candidatura da terceira via.

Com informações Estadão Conteúdo

Fale com a Redação