Atriz tinha 91 anos; morte foi confirmada pela fundação criada por ela neste domingo (28)
A atriz francesa Brigitte Bardot morreu neste domingo (28), aos 91 anos, deixando para trás uma imagem que atravessou gerações — primeiro como ícone do cinema e da cultura pop, depois como uma das vozes mais influentes do ativismo em defesa dos animais. A morte foi confirmada pela fundação criada por ela. A causa não foi divulgada.
Bardot havia sido internada em outubro e novembro deste ano na cidade de Toulon, no sul da França, onde passou por procedimentos médicos. À época, chegou a tranquilizar fãs ao afirmar que se recuperava bem. Nos últimos meses, porém, enfrentava uma saúde considerada delicada, segundo a imprensa francesa.
Nascida em Paris em 28 de setembro de 1934, Brigitte Anne-Marie Bardot começou a estudar balé ainda na adolescência, no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris. Aos 15 anos, estampou a capa da revista Elle e logo chamou a atenção do roteirista Roger Vadim, com quem se casou em 1952 e estreou no cinema no mesmo ano, em Le Trou Normand.
O estrelato internacional veio em 1956 com E Deus Criou a Mulher, dirigido por Vadim. O filme transformou Bardot em um fenômeno mundial e símbolo de uma nova geração de mulheres, marcada pela liberdade de comportamento e pela quebra de padrões sociais. A partir daí, consolidou uma carreira de destaque em produções como O Desprezo (1963), A Verdade e Viva Maria!.
Durante as décadas de 1950 e 1960, Bardot também se destacou na música, lançando discos e gravando canções que se tornaram populares na França. Sua imagem influenciou a moda, a publicidade e as artes visuais — em 1970, seu rosto foi escolhido como modelo para a escultura da Marianne, símbolo da República Francesa.
No início dos anos 1970, a atriz decidiu se afastar definitivamente do cinema. Passou a viver em Saint-Tropez, na Riviera Francesa, e dedicou-se integralmente à causa do bem-estar animal. Criou a Fundação Brigitte Bardot, reconhecida internacionalmente por campanhas contra o uso de peles, maus-tratos e a caça de animais.
Nos últimos anos, Bardot também esteve envolvida em controvérsias por declarações polêmicas sobre temas sociais e políticos. Em 2018, criticou o movimento #MeToo, afirmando que nunca havia sido vítima de assédio e relativizando denúncias feitas por outras mulheres.
Considerada uma das maiores estrelas da história do cinema europeu, Brigitte Bardot deixa um legado que vai além das telas, marcado tanto pelo impacto cultural de sua imagem quanto pela militância em defesa dos animais, causa à qual dedicou a maior parte da vida após a fama.




















