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sexta-feira, 3 de outubro, 2025
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Morte de casal no bairro Monte Castelo surpreendeu vizinhos, amigos e familiares

Amigos e vizinhos estão buscando compreender a morte do casal Anderson Cylis Rezende, de 49 anos, e Gisele da Silva Saochine, de 40, ocorrida na noite de ontem (02) na casa em que residiam, na Rua Rio Pardo, no bairro Monte Castelo, em Campo Grande. A investigação pontuou que houve um feminicídio seguido de suicídio, possivelmente porque o autor não aceitava o término da relação – eles estavam em processo de seperação.

Aos jornalistas, conhecidos do casal ficaram surpresos com a informação sobre o divórcio do casal, que era muito reservado e não demonstrava brigas, conflitos ou discussões que indicassem qualquer evidência de uma separação. Anderson tinha uma marcenaria no bairro Coronel Antonino, próximo da UPA, e foi classificado pelos clientes como muito caprichoso e dedicado na função.

Evangélicos, o casal foi um dos primeiros moradores daquela rua, onde viveram por 10 anos, embora já estavam juntos há cerca de 20 anos. Eles tinham uma filha de 16 anos, que agora está residindo com a avó materna. Foi ela quem abriu o portão da casa, ao chegar da escola, facilitando o trabalho do Corpo de Bombeiros no combate ao incêndio provocado pelo seu pai no suicídio, após matar a mãe esfaqueada.

A menor, acompanhada de uma tia materna e de um tio paterno, forneceu algumas informações para a polícia, dizendo que o casal tinha episódios de discussões frequentes, mas negou situações de violência doméstica. A separação estava em processo, mas não havia o consenso entre os dois. Nenhum boletim de ocorrência foi registrado pela vítima no desfavor do marido.

A suspeita das autoridades é que Anderson investiu no feminicídio, matando a companheira com golpes de faca nos fundos do imóvel, após uma discussão. A irmã dela chegou a falar pela última vez por telefone às 16h, quando a vítima relatou o episódio. Ao matar a mulher, ele arrastou o corpo até o quarto, onde usou material inflamável para incendiar o corpo dela e o seu, em suicídio, quando estava no veículo, na garagem.

A investigação deve começar a ouvir os familiares e amigos mais próximos já nessa sexta-feira (03). Além da filha, a irmã da mulher também é apontada como testemunha central. A perícia apreendeu uma faca e recipientes com álcool e diluidores de tinta usados no incêndio, também identificou manchas de sangue em alguns cômodos da casa que não foram atingidos pelo fogo. As autoridades acreditam que o autor planejou o crime.

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