O que estava programado e seria daqui 21 dias, foi antecipado para este sábado (3), nova manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro, em todo o Brasil, inclusive no centro de Campo Grande e mais outros cinco municípios de Mato Grosso do Sul. Os movimentos sociais, entidades sindicais e organizações da juventude, anteciparam e convocaram para amanhã o terceiro ato, a iniciar na Praça do Rádio, após esta semana sair o novo e quiça maior escândalo da história do Brasil, de possível corrupção envolvendo o governo federal, e ainda na questão de compra da tão esperada vacina contra a Covid 19. Veja abaixo o cronograma de Ponta Porã, Dourados, Nioaque, Terenos e Bonito, que confirmaam atos.
Assim, organização local divulgou que realizam, neste sábado, em Campo Grande, um novo ato “Fora Bolsonaro e seu Governo”, seguindo decisão da coordenação nacional do movimento pelo impeachment do presidente da República. A manifestação será conduzida por órgãos como a Frente Brasil Popular (FBP), que reúne dezenas de entidades representativas da sociedade civil organizada de Mato Grosso do Sul.
A FBP avaliou, como no restante do Brasil, que com o êxito da manifestação do último dia 19 de junho (como a inicial de 1º de maio) em todo o país, já estava sendo encaminha a preparação e continuidade de pressão nacional, para nova data em 24 de julho. Entretanto, diante da repercussão dos casos envolvendo o governo federal e seu líder na Câmara, o deputado Ricardo Barros, no denunciado na CPI da Covid, as lideranças do movimento a favor da queda do presidente viram a necessidade de nova mobilização de rua, o mais rápido possível e de se antecipar ação, para exigir do presidente da Câmara, Arthur Lira, que paute o pedido de impeachment contra Bolsonaro. O ato do dia 24 de julho continua confirmado.
Capital – Assim, as manifestações acontecerão amanhã em meio às denúncias de corrupção no governo na compra de vacinas e fortalecidas pelo superpedido de impeachment protocolado nesta quarta-feira (30). E neste 3 de julho, na Capital, será semelhante à do dia 19, com a realização de uma passeata, a partir da Praça do Rádio, as 9h, no percurso: Avenida Afonso Pena, Rua 14 de Julho, Rua Barão do Rio Branco, finalizando na Praça do Rádio. “Como nas passadas, também seguire as regras de biossegurança necessárias contra a Covid-19, como o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento entre os manifestantes. A orientação é para que os participantes usem máscara número 95 ou a do tipo PFF2, mais eficazes contra as novas variantes do coronavírus, e que não esqueçam de levar o álcool em gel”, aponta a coordenação da FBP.

Outros municípios
Para Iago Montalvão, presidente da UNE, entre a segunda manifestação e essa marcada para amanhã, os crimes cometidos por Bolsonaro aumentaram. “Não existe qualquer possibilidade de proteção ao povo brasileiro com a política de morte e desmonte praticada por esse governo. É urgente que ele responda por seus crimes e seja impedido de continuar (des)governando o país”.
: Bonito – Ato Simbólico 10h00 – Praça da Liberdade
: Nioaque – Ato Simbólico – Praça Central
: Ponta Porã – 30/6 Manifestação 10h Entrada da Cidade
: Terenos – Carreata 9h Loteamento Jd do Serrado
Entenda o escândalo da Covaxin
Em depoimento no dia 25 de junho, o deputado federal Luís Miranda (DEM- DF) e seu irmão Luís Ricardo Miranda (servidor do Ministério da Saúde) denunciaram um esquema de superfaturamento de compra de vacinas da empresa indiana Covaxin, dentro do Ministério da Saúde. Luís Ricardo relatou ter notado movimentações suspeitas nos contratos da Covaxin, que não haviam sido aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e custavam mais caro do que as vacinas já aprovadas.
Enquanto cada dose da vacina Coronavac custava 58,30 reais; as da Pfizer e da Janssen custavam 56,30 reais cada; da Sputnik tinha o valor de 69,36 reais e da AstraZeneca 19,87 reais, o governo preferiu a Covaxin, que saiu ao preço de 80,70 reais, ou seja, mais cara do que todas as outras (vale lembrar que o preço foi um dos motivos apontados por Bolsonaro para recusar a Pfizer). Além disso, a vacina havia sido rejeitada pela Anvisa, por falta de documentos básicos relativos à segurança e efetividade.
Luís Miranda afirmou ter avisado Bolsonaro sobre o favorecimento suspeito. Segundo Miranda, Bolsonaro revelou que sabia, mas o orientou a “deixar para lá” para não prejudicar quem operava o esquema. Após pressão dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MDB-MS), Luís Miranda revelou que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), foi o chefe do esquema citado por Bolsonaro. Vale ressaltar que a compra foi intermediada pela Precisa Medicamentos, que é sócia da Global Saúde, empresa que Ricardo Barros já foi acusado de favorecer em licitações, quando foi ministro da Saúde de Michel Temer (MDB), entre 2016 e 2018.






















