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terça-feira, 9 de setembro, 2025
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MS bate recorde de produção de milho e alcança 14,2 milhões de toneladas

Mato Grosso do Sul registrou um crescimento histórico na produção de milho nesta safra, com aumento de 68,2% em relação ao ciclo anterior. Segundo dados do Projeto SIGA-MS, a produção saltou de uma projeção inicial de 10,1 milhões de toneladas para 14,2 milhões, resultado principalmente do ganho de produtividade.

Mesmo com a área cultivada praticamente estável, totalizando 2,1 milhões de hectares, a produtividade média atingiu 112,7 sacas por hectare, o que representa um avanço de 68,1% em comparação à última safra. O aumento foi atribuído a condições climáticas favoráveis, janela de plantio adequada, tecnologias avançadas e boas práticas de manejo adotadas pelos produtores.

A maior parte da semeadura ocorreu entre fevereiro e março, com abril registrando chuvas ideais para o crescimento das plantas. Segundo o boletim, 78,1% das lavouras foram classificadas como “boas”, 15,3% como “regulares” e apenas 6,6% como “ruins”. Especialistas, porém, alertam que os números ainda podem variar até a conclusão da colheita.

Para o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o recorde permite atender à demanda interna, impulsionar investimentos no setor de etanol de milho e expandir o consumo de proteína animal. “O MS tem plenas condições de ofertar esses 14 milhões de toneladas tanto para empresas locais quanto para exportação para outros estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná”, afirmou.

Outro ponto destacado pelo secretário é que o milho ocupou cerca de 45% da área de soja no Estado, gerando oportunidades para diversificação de culturas e atração de novos investimentos.

Impactos econômicos

O crescimento da produção projeta efeitos positivos para a economia regional. Jean Américo, analista da Famasul, explica que o aumento na oferta fortalece a renda agrícola, a competitividade do agronegócio e a capacidade exportadora do Estado. “Esse cenário também favorece investimentos em tecnologia, logística e infraestrutura, consolidando o milho como vetor de crescimento econômico em Mato Grosso do Sul”, disse.

Produtividades por município (sacas por hectare)

  • Maiores: Chapadão do Sul – 173,3; Alcinópolis – 160,0; Sonora – 152,5; São Gabriel do Oeste – 147,1; Brasilândia – 145,8
  • Menores: Ivinhema – 57,8; Rochedo – 50,7; Aparecida do Taboado – 35,0; Nova Andradina – 31,0; Aquidauana – 19,1

O recorde histórico confirma a força de Mato Grosso do Sul no agronegócio nacional e destaca a importância da produtividade para consolidar o Estado como referência no abastecimento de milho no país e no mercado internacional.

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