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sexta-feira, 29 de março, 2024
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MS não aparece entre 71% das Universidades que atingem nota máxima

O estado de Mato Grosso do Sul não tem ou não chegou nem na ‘nota 4’ entre até 5 e assim não aparece entre 71% das instituições federais e privadas do Brasil que atingiram o ‘máximo de qualidade’. O indicador mede a qualidade das instituições de ensino superior, foi divulgado nesta sexta-feira (23) pelo MEC (Ministério da Educação), via INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Apesar da UFMS (Universidade Federal de MS) ter diversos cursos nota 5, como Odontologia, o calculo envolve todas as Universidades, públicas e privadas, e, os Institutos Federal (IF) no Estado. MS possui ainda a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e 12 campus do IFMS.

Segundo o Inep, das 106 instituições de educação superior públicas federais com o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) 2019, 71% atingiram os conceitos 4 e 5 do indicador. Ao todo, os resultados foram calculados para 2.070 instituições (públicas e privadas), considerando os 24.145 cursos avaliados entre 2017 e 2019. Conforme os dados, somente três Estados: Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande de Norte são proporcionalmente os com melhores resultados no Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) 2019. No três estados, respectivamente, 9,2%, 6,7% e 4,2% de suas instituições de educação superior atingiram faixa 5, que é a máxima no indicador. Do total de 2.070 instituições avaliadas, apenas 2,2% alcançaram essa faixa 5.

No Mato Grosso do Sul, 28 instituições de ensino superior foram avaliadas e nenhuma alcançou faixa 5, a pontuação faixa máxima do IGC . As públicas UFMS E UFGD, chegaram a nota 4, e somente a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e Unigran, apresentaram  evolução no indicador, alcançando o mesmo conceito 4 das duas instituições federais do Estado. Dos 21 cursos da UFMS (a maior e mais antiga), avaliados também pelo Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) 2019, quatro obtiveram o conceito máximo, nota 5: Engenharia Civil (manhã/tarde), Nutrição e Farmácia, de Campo Grande, e, Medicina, do Campus de Três Lagoas. Outras 12 faculdades da Federal obtiveram nota 4.

MS não aparece entre 71% das Universidades que atingem nota máxima

Contudo, na faixa de nota 4, segunda maior do IGC, o podium é dos estados do Rio Grande do Sul (39,4%), Ceará (33,3%) e Distrito Federal (30,6%) , que foram os que obtiveram, proporcionalmente, o maior número de instituições. Considerando o total das instituições de educação superior avaliadas, 21,64% se enquadraram nessa faixa.

Dados gerais

Segundo o Inep, do total em MS, apenas cinco delas entraram na faixa 4 e, a maioria, 19 ficou no índice nota 3. Já outras cinco avaliadas, ficaram com ICG na faixa 2, considerado percentual inadequado e sujeito a sanções pelo MEC.

Pelo Nacional foram 106 instituições de educação superior públicas federais com o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) 2019, 71% atingiram os conceitos 4 e 5 do indicador. Ao todo, os resultados foram calculados para 2.070 instituições (públicas e privadas), considerando os 24.145 cursos avaliados entre 2017 e 2019.

Do total de instituições que participaram da pesquisa, 87,1% (1.801) são privadas e 12,9% (269), públicas. A maioria (73,1%) é composta por faculdades, seguida dos centros universitários (15,6%) e das universidades (9,4%). Por fim, estão os institutos federais e centros federais de educação tecnológica, que, juntos, representam 1,9% das instituições de ensino com o índice atribuído nesta edição. A concentração na faixa 3 abarcou mais da metade das instituições avaliadas (63,77%).

Os dados divulgados hoje revelam ainda que das 1.507 faculdades com IGC, 83,4% delas ficaram nas faixas igual ou acima de 3. Já quando se trata dos 326 centros universitários, o percentual correspondente às três faixas de maior desempenho é de 98,5% (321). No caso das 197 universidades, 99% (195) alcançaram desempenho nas faixas de 3 a 5. Dos 40 institutos federais e centros federais de educação tecnológica, 65% (26) ficaram na terceira e 35% (14) na quarta faixa do IGC.

Regiões

Quando levados em conta apenas valores absolutos, a Região Sudeste apresentou o maior número de instituições com faixa 5. A região também é a que tem mais instituições com o IGC calculado, destacando-se Minas Gerais (265) e São Paulo (509). Este último lidera o conjunto de instituições mais bem avaliadas: são 16 na faixa 5 e 84 na faixa 4.

No Nordeste, Bahia e Ceará são os Estados com a maior quantidade de instituições nas faixas 4 e 5 do indicador, sendo 27 e 19 instituições, respectivamente, participando desse processo avaliativo.

Já no Sul, destacam-se, com conceitos nas faixas 4 e 5 do IGC 2019, os estados do Paraná (48) e do Rio Grande do Sul (46).

Nenhuma das instituições avaliadas das regiões Centro-Oeste e Norte atingiu a faixa 5 nesta edição. Contudo, o Distrito Federal é destaque no Centro-Oeste, com 15 instituições na faixa 4, enquanto o Pará é o estado da região Norte com maior quantidade de instituições nessa faixa.

Cálculo

Para o cálculo das 2.070 instituições de educação superior no IGC 2019, foram considerados os resultados do Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 24.145 cursos avaliados entre 2017 e 2019 e os dados de 4.679 programas de mestrado e doutorado oferecidos pelas instituições em 2019.

A conta matemática para chegar ao IGC leva em conta os seguintes aspectos: a média do CPC, considerando o último ciclo do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) como referência; a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu, atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior  (Capes) na última avaliação trienal; e a distribuição dos estudantes entre as diferentes etapas de ensino superior (graduação ou pós-graduação stricto sensu).

Aplicação

Iniciativas como a Universidade Aberta do Brasil (UAB), o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor) e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), utilizam o conceito do IGC como requisito, critério seletivo ou de distinção. Além disso, o indicador também é parâmetro para a distribuição de orçamento à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPCT) e serve como referencial nos processos de supervisão e regulação da educação superior, além de orientar a autoavaliação das instituições de ensino.

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