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sexta-feira, 29 de março, 2024
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MS terá reajuste de energia que ficará maior que a inflação e índice de SP

O estrago econômico no Brasil não para e só cresce, e mesmo no meio da crise socioeconômica-sanitária o povo continua a ser penalizado, mesmo por órgãos que seriam para fiscalização e controle, como a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A Agência autorizou nesta quinta-feira (22), reajuste de 8,9% na tarifa de energia elétrica aos 1,022 milhão de consumidores de Mato Grosso do Sul. O Estado, que já tem altas taxas e impostos pelo governo estadual, será ou terá maior percentual de alta nas contas de luz, mesmo que a própria concessionária de energia no MS, a Energisa, tenha ‘falado’ que poderia abrir mão deste aumento ou arrecadação no mês de abril. MS pagará mais que até o estado vizinho, São Paulo.

A Aneel faz o reajuste em momento de piores índices da Pandemia do Covid 19, com crise econômica e fora da realidade, mesmo que fosse em ‘tempos normais’. O índice aprovado será 45% superior à inflação oficial, de 6,1%, e do aumento no salário mínimo. Com o encarecimento aprovado hoje, a tarifa paga em Mato Grosso do Sul continua sendo a de maior valor da região Centro-Oeste e dos estados vizinhos, como São Paulo e Paraná.

Conforme registro aprovado pela Aneel, a tarifa média para no Estado é de R$ 0,645 por Kw/h, 75,7% mais cara em relação ao menor preço cobrado no País, de R$ 0,367, praticado pela Cegero, de Santa Catarina. No geral, os catarinenses pagam R$ 0,509 pelo Kw/h, 26,7% menor ao cobrado do sul-mato-grossense.

O aumento será quase 45% acima da inflação de 6,10%, conforme o índice apurado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) nos últimos 12 meses. Em relação ao salário mínimo, que teve a 5,26% neste ano, a conta de luz subiu 70% superior.

Parece que Sem Pandemia

Apesar da pandemia, que causou a maior crise econômica em 100 anos, a agência não teve pena dos consumidores e aprovou o reajuste a partir desta quinta-feira. O reajuste será de 7,28% para os consumidores residenciais, 8,27% para a baixa tensão e 10,69% para a indústria.

Até a Energisa teria concordado em abrir mão de receber R$ 262 milhões referente a conta covid para reduzir o impacto no reajuste ao consumidor final. No entanto, o resquício de mais de 5% ficou para ser acrescido no cálculo da tarifa a ser definido no dia 8 de abril de 2022.

O maior impacto no cálculo da tarifa é a utilização do índice do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), definido no contrato de concessão. O Concen espera a aprovação do projeto de lei pelo Congresso Nacional para trocar o índice pelo IPCA, que calcula a inflação oficial. Enquanto o IGP-M superou 31% nos últimos 12 meses, o índice oficial ficou em 6,1%.

No entanto, a mudança em Mato Grosso do Sul só vai ocorrer em 2027, quando o contrato de concessão com a Energisa completa 30 anos e a renovação poderá ser feita com base em novos parâmetros.

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