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quinta-feira, 1 de maio, 2025
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MS terá uma dos menores repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública

A União vai distribuir R$ 1,16 bilhão aos cofres dos estados para a área da segurança pública em 2025. Mato Grosso do Sul e mais oito estados, além do Distrito Federal, terão os menores repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). Já no topo da lista, estão São Paulo, Minas Gerais e Bahia – vão receber, juntas, R$ 138 milhões.

Os recursos atendem a diversos critérios, como extensão territorial, população, índices de vulnerabilidade social e desenvolvimento humano, apreensão de drogas e armas e elucidação de homicídios.

O menor valor a ser repassado para os estados é de R$ 40,8 milhões. Receberão essa quantia o Mato Grosso do Sul e mais os estados de Roraima, Espírito Santo, Goiás, Alagoas, Paraíba, Sergipe, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins, além do Distrito Federal.

Maiores repasses

Com ao menos 44 milhões de habitantes, São Paulo é o estado que mais vai receber recursos: R$ 48,3 milhões. Na sequência, vem Minas Gerais, que tem cerca de 20,5 milhões de pessoas: R$ 45,5 milhões. A Bahia, com uma população de 14 milhões, vai ter R$ 45 milhões.

O detalhamento da distribuição dos recursos foi publicado no Diário Oficial da União pelo governo federal no fim do ano passado, com a assinatura do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. O ano fiscal dos investimentos é de 2025.

Veja abaixo a distribuição de recursos do FNSP em 2025:

MS terá uma dos menores repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública
Transferência Fundo Nacional de Segurança PúblicaReprodução/DOU – 26.12.2024

O que é o Fundo Nacional de Segurança Pública

O FNSP tem o objetivo de apoiar propostas enquadradas nas diretrizes do plano de segurança pública do Executivo. Entre os exemplos, estão reequipamentos; treinamento e qualificação das polícias civis e militares, corpos de bombeiros e guardas municipais; sistemas de informações, de inteligência e de investigação; estruturação e modernização da polícia científica e técnica; e programas de prevenção ao crime e à violência.

Esses projetos não podem ter prazo superior a dois anos, e os recursos podem ser aplicados diretamente pela União ou repassados mediante acordos e convênios, por exemplo. Os estados prestam contas ao FNSP, representado pelo conselho gestor. O grupo é formado por diversos ministérios, como Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Planejamento e Casa Civil.

Os recursos usados no fundo, que não podem ser contingenciados, são decorrentes da exploração de loterias no país, doações de pessoas naturais ou jurídicas e de dotações orçamentárias.

Para distribuir os recursos do FNSP, o governo federal leva em consideração 26 critérios. Os dados usados pelo governo foram definidos em portaria de 2021, assinada pelo então presidente Michel Temer. Dois anos depois, na gestão Jair Bolsonaro, recebeu dois novos critérios.

Confira, abaixo, quais são os critérios usados na distribuição dos recursos do FNSP:

  1. Extensão Territorial;
  2. Portos e Aeroportos;
  3. Fronteira;
  4. População;
  5. Efetivo;
  6. Índice de Vulnerabilidade Social – IVS;
  7. Índice de Desenvolvimento Humano – IDH;
  8. Maiores Índices de Criminalidade Violenta – IVC;
  9. Maior Redução do Índice de Criminalidade Violenta – ICV;
  10. Redução de Morte de Mulheres;
  11. Cumprimento de Mandado de Prisão;
  12. Integração de Dados Forenses;
  13. Integração SINESP;
  14. Furtos de Veículos;
  15. Roubo de Veículos;
  16. Produção de Laudos Periciais;
  17. Apreensão de Armas;
  18. Apreensão de Drogas;
  19. Elucidação de Homicídios;
  20. Combate à Corrupção e Destinação de Ativos Oriundos do Crime;
  21. Atendimentos Realizados pelos Bombeiros Militares;
  22. Prevenção Incêndio e Pânico;
  23. Tráfico de Drogas;
  24. Alcance de Metas do Plano Nacional de Segurança Pública;
  25. Desenvolvimento e implementação de um plano estadual ou distrital de combate à violência contra a mulher; e
  26. Criação de patrulhas Maria da Penha.

Atlas da Violência

Produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Atlas da Violência, de 2022, mostra as 10 cidades mais violentas do país. Sete delas estão localizadas na Bahia, o terceiro estado que mais vai receber recursos do FNSP neste ano. Os outros municípios da lista estão distribuídos no Pará, Mato Grosso e Pernambuco.

O Atlas da Violência estabelece a segregação dos municípios em três grupos, definidos segundo o tamanho populacional: pequenos (até 100 mil habitantes), médios (entre 100 mil e 500 mil habitantes) e grandes (acima de 500 mil habitantes). No país, as cidades pequenas têm uma taxa média de 21,7 homicídios estimados por 100 mil habitantes, número menor que a dos médios (26,2) e grandes (26,4).

De acordo com o levantamento, não houve nenhum homicídio (registrado ou oculto) em 1.548 cidades brasileiras. Na outra ponta, o município mais violento do país, Santo Antônio de Jesus (BA), teve uma taxa média de 94,1 assassinatos por 100 mil habitantes.

Conheça, abaixo, as 10 cidades mais violentas do país:

  1. Santo Antônio de Jesus (BA)
  2. Jequié (BA)
  3. Simões Filho (BA)
  4. Camaçari (BA)
  5. Juazeiro (BA)
  6. Altamira (PA)
  7. Sorriso (MT)
  8. Cabo de Santo Agostinho (PE)
  9. Salvador (BA)
  10. Feira de Santana (BA)

* com informações R7

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