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quinta-feira, 1 de maio, 2025
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MST bloqueia BR-163 na saída para São Paulo, em Campo Grande

O ato ocorre por falta de respostas do governo sobre reforma agrária

Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) bloquearam na manhã desta quarta-feira (30) um trecho da BR-163, na saída para São Paulo, em Campo Grande. O protesto é uma reação à ausência de diálogo do governo federal em relação às pautas da reforma agrária em Mato Grosso do Sul.

De acordo com os manifestantes, a manifestação ocorre devido à falta de respostas por parte do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. A principal exigência do grupo é a presença imediata do presidente do Incra, Cesar Aldrighi, e do ministro Paulo Teixeira, com data e hora definidas para uma reunião no Estado.

MST bloqueia BR-163 na saída para São Paulo, em Campo Grande

“Decidimos fechar porque estamos com o Incra ocupado, mas até agora o governo federal não respondeu nossa pauta. Eles dizem que podem vir daqui a um mês, mas daqui a um mês não resolve nosso problema”, afirmou Claudinei Barbosa, 44 anos, um dos líderes do protesto.

Cerca de 150 pessoas de diferentes regiões do Estado participam do bloqueio, que permite apenas a passagem de ambulâncias e veículos de emergência. O MST reivindica a regularização fundiária e o assentamento das famílias acampadas em várias regiões do Estado. A manifestação segue sem previsão de encerramento.

Série de mobilizações

O protesto desta quarta é parte de uma série de ações realizadas pelo MST nos últimos dias. No dia 26 de abril, cerca de 300 famílias ocuparam uma propriedade da JBS no distrito de Panambi, em Dourados, alegando que o imóvel está há mais de 12 anos sem cumprir sua função social. A ocupação mobilizou forças estaduais de segurança, como o Batalhão de Choque e o DOF (Departamento de Operações de Fronteira).

No dia 28, o movimento voltou a agir: bloqueou a BR-060 na entrada de Sidrolândia e ocupou o prédio do Incra em Campo Grande. As ações refletem a insatisfação dos acampados com o que chamam de inércia do governo federal. “O superintendente do Incra no Estado não resolve nada. Vamos permanecer até termos uma resposta concreta”, reforçou Claudinei.

Mato Grosso do Sul, segundo os manifestantes, é o único Estado que ainda não recebeu respostas efetivas sobre a distribuição de terras.

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