A Polícia Civil apresentou novos detalhes sobre a morte de uma mulher de 46 anos ocorrida na tarde de ontem (21), em Três Lagoas. A autora do feminicídio, de 43 anos, se entregou e confessou o crime, detalhando que teve uma discussão sobre questões financeiras e também ciúmes. As duas estavam juntas há dois anos.
O caso foi descoberto porque os vizinhos do casal de mulheres, no bairro Jardim Imperial, escutaram gritos de socorro. Quando a viatura chegou ao local para apurar os fatos, encontrou a autora na frente que, de pronto, manifestou o desejo de se entregar pela morte da esposa, demonstrando arrependimento.
Ainda segundo a investigação, as mulheres brigaram, com troca de empurrões e socos, até que a autora conseguiu imobilizar a companheira, segurando pelo pescoço. Na sua versão, apontou que tinha sido atacada na mão com uma faca pela vítima antes. Mesmo depois de já ter retirado a faca da vítima, ela continuou esganando até a morte dela.

Sobre isso, a assassina justificou no depoimento que acreditava que a vítima estava incorporada por espíritos no momento da briga e queria retirá-los. A polícia apontou que a vítima tinha medidas protetivas contra a companheira, desferidas em Campo Grande em julho deste ano.
A vítima procurou a polícia ao sofrer violência e ameaça, na ocasião, teve o braço quebrado ela companheira. Na ocasião, a autora foi condenada a fazer uso da tornozeleira eletrônica. Apesar do histórico, as duas retomaram o relacionamento há dois meses e se mudaram para Três Lagoas.
A Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Três Lagoas representou pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. Agora, a autora aguarda pela audiência de custódia, que deve ocorrer nos próximos dias. Esse foi o 31º feminicídio registrado este ano em Mato Grosso do Sul.