Mulher fez falso B.O. na DEAM porque não queria dizer para a família que estava na “farra”

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Casa da Mulher Brasileira (Foto: PMCG)

Uma mulher foi indiciada nessa quarta-feira (26) pela 1ª Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Campo Grande pela acusação falsa contra duas pessoas por prática de Rufianismo, que é o ato criminoso de tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou parcialmente, por quem a exerça.

De acordo com as informações, uma mulher de 33 anos foi até a DEAM noticiando que emprestou o valor de RS 2 mil de uma pessoa conhecida como W., em 12 parcelas semanais de R$ 285,00, sendo que a pessoa conhecida como S. era responsável pela cobranças.

Ainda na versão dela, na madrugada de sábado (22), por volta de 1 hora da madrugada, S. esteve no seu apartamento e lhe disse: “Eu vim para fazer a recolha. Não vou aceitar mais você pagar só os juros”. 

Em seguida, a suposta vítima foi levada para uma residência na qual funciona um prostíbulo, onde havia mais seis mulheres e permaneceu no local desde a madrugada até a manhã do dia seguinte, quando foi levada de volta para casa.

ELa detalhou que foi obrigada a manter relações sexuais com quatro homens e uma mulher, alternadamente, sendo que dois dos homens não usaram preservativos e que houve a penetração vaginal, além de sexo anal e oral, e com a mulher fez sexo oral.

A 1ª DEAM explicou que, com o registro da ocorrência, teve início a investigação, porém, ao confrontar a vítima, essa desmentiu tudo que tinha narrado e afirmou ter ido até a Delegacia porque não queria dizer para a família que estava na “farra” com amigos.

“Uma denúncia deste calibre é extremamente séria, e sendo falsa, pode vir a prejudicar bastante o acusado, além de atrapalhar sobremaneira o trabalho das policial. Tanto na esfera pessoal, como profissional, o registro de ocorrência baseado em falsas denúncias é crime, com pena que pode variar de 2 a 8 anos de reclusão”, explica a nota da Polícia Civil.