Uma mulher de 59 anos, identificada como Eliana Guanes, morreu na noite desta sexta-feira (6) na Santa Casa de Campo Grande, após sofrer um ataque brutal em uma fazenda na região da Nhecolândia, no Pantanal de Corumbá. Eliana, que trabalhava como faxineira na propriedade, teve o corpo incendiado após o capataz do local, Lourenço Xavier, de 54 anos, jogar gasolina sobre ela e atear fogo.
O crime ocorreu por volta das 15h, em uma área de difícil acesso. Devido à gravidade da situação, equipes do Corpo de Bombeiros e do GOA (Grupo de Operações Aéreas), com apoio da Ursa (Unidade de Resgate Avançado), foram mobilizadas para o resgate aéreo. Eliana chegou a ser transferida em estado gravíssimo para a Santa Casa de Campo Grande, mas não resistiu às queimaduras e morreu ainda na noite de ontem.

De acordo com o delegado Fillipe Araújo Izidio Pereira, responsável pelo caso, a motivação do crime teria sido a recusa da vítima a um suposto pedido de relacionamento por parte do agressor. “Algumas informações iniciais e áudios que tivemos acesso dão conta de que ele teria proposto um relacionamento à vítima, mas ela disse não. Ele não aceitou e, por esse motivo, ateou fogo nela. Por esse menosprezo à condição de mulher, o crime se enquadra como feminicídio, mesmo sem haver relação íntima ou familiar entre eles”, explicou o delegado em entrevista ao Diário Corumbaense.
Lourenço Xavier foi preso em flagrante horas após o ataque. Conforme registros policiais, ele já possui passagens por ameaça, furto e violência doméstica.
Com a morte de Eliana Guanes, Mato Grosso do Sul chega a 15 casos de feminicídio registrados em 2025, acendendo novamente o alerta sobre a violência contra a mulher no Estado.
📌 Se você está em situação de violência ou conhece alguém que esteja, procure ajuda. Ligue 180 — Central de Atendimento à Mulher.